A greve geral desta sexta-feira (30) convocada pelas Centrais Sindicais teve pequena adesão em Teresina, mas foi suficiente para paralisar o transporte público e fechar algumas lojas do Centro Comercial. Com gritos de “Fora Temer!” e contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, os trabalhadores se concentraram na praça Rio Branco no Centro da cidade.
O presidente da Central Ùnica de Trabalhadores (CUT), Paulo Bezerra, criticou o Congresso e afirmou que o trabalhador deve responder nas eleições de 2018. Segundo ele, diante da crise política e das denúncias contra o presidente Michel Temer (PMDB), o Congresso não teria legitimidade para votas as reformas.
“É um Congresso feito de canalhas. Eles não possuem legitimidade para votar essas reformas. O trabalhador vai responder na eleição de 2018. Estamos visitando os interiores e mostrando a perversidade dessa reforma. O povo da menor cidade do Brasil está sendo informado e sabe quem apoia esse crime contra o trabalhador. Em 2018 eles terão a resposta que merecem”, declarou.
Sobre a pequena adesão em Teresina, Paulo disse que isso não preocupa o movimento e falou das dificuldades da data. “O que funcionou bem foi a adesão dos rodoviários. Houve uma resistência do comércio, mas conseguimos fechar a maioria das lojas. No Piauí não esperávamos uma adesão maciça porque algumas categorias não aderiram, mas continuamos fazendo a mobilização. Ainda temos que levar em consideração que estamos em um período festivo, com enceramento do período letivo e início das férias. Tem muita gente viajando”, disse.
O professor e sindicalista membro da Associação dos Docentes do Ensino Superior da Uespi (Adcesp), Daniel Solon, afirma que os trabalhadores não irão aceitar perder os diretos trabalhistas. Ele questiona a legitimidade do Congresso para seguir com a votação das reformas.
“Esse Congresso não tem legitimidade e nem moral. Não tem menor sentido colocar nas mãos de uma Congresso corrupto como esse qualquer discussão sobre reforma de direitos dos trabalhadores. O povo cobra uma reforma para valer. Queremos uma reforma trabalhista que permita reduzir a jornada de trabalho sem redução de salários. Queremos que os trabalhadores tenham estabilidade e que as empresas não possam demitir. O congresso não tem moral para decidir sobre o futuro desse país”, afirmou.
Daniel Solon lembra que o movimento também pede a saída do presidente Michel Temer do cargo. “Questionamos a permanência do Temer no poder. É o fora Temer e todos os corruptos. O ataque à previdência é uma ameaça direta ao direito da aposentadoria. As pessoas vão morrer sem ter direito a aposentadoria. As mulheres são as mais afetadas.
E também defendemos o fim da reforma trabalhista porque vai atacar direitos como férias, 13º salário, jornada de trabalho, horário de descanso entre o almoço, vários direitos conquistados a duras penas e que agora são atacados pelo governo”, disse.
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