GOVERNO SAI FRUSTADO EM RETALIAÇÃO A JÚLIO ARCOVERDE

Foto: Jailson Soares/Política Dinâmica

O governo foi rápido na tentativa de retaliar o presidente estadual do PP, deputado Júlio Arcoverde, depois que o partido decidiu votar contra a proposta de aumentar imposto. Depois de retirar os suplentes do PP da Assembleia, houve a tentativa de destituir Júlio da vice-presidência do bloco formado por PP,  PTC e PTB.
Ao chegar à Assembleia, Júlio foi surpreendido por ofício que o destituía do cargo. Segundo manobra do Governo, Júlio é  membro da Mesa Diretora e não poderia assumir liderança de bloco, segundo o regimento. No lugar do deputado do PP, ficaria o deputado suplente Ze Hamilton ( PTB).  

A manobra do governo causou polêmica e bate-boca na comissão de Fiscalização, Controle, Finanças e Tributação. Júlio chegou a afirmar que foi vítima de uma manobra tramada por "morcegos" que atuam na madrugada. "Eu já esperava isso. Quando cheguei aqui perguntei se o governo me deixaria votar. Essa Casa tem alguns morcegos que atuam na madrugada", declarou.

Os deputados da oposição contestaram a legalidade do ofício. Eles pediam a presença do procurador da Assembleia para provar que o ofício não era legal. O líder da oposição, Robert Rios, protestou e disse que o parecer do procurador já era esperado porque ele foi indicado pelo presidente da Casa Themistocles Filho. "Procurador é  escolhido por concurso. Só na Assembleia é  por indicação", afirmou.

Apesar da pressão, o governo não teve êxito. O presidente da Comissão, deputado Luciano Nunes,  retirou de pauta. "O documento chegou sem publicação. Fere o princípio da segurança jurídica. Retiro de pauta", disse.


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