O novo presidente da Agespisa, Emanoel Bonfim, assume a direção da empresa em meio a um clima de batalha entre os servidores da casa e os funcionários da Aegea. A ordem do sindicato da Agespisa é para que os servidores não repassem as informações para a empresa vencedora da subconcessão.

A Aegea ficará responsável pelo abastecimento de água e saneamento na região de Teresina. A Agespisa continuará atuando nas cidades do interior do Piauí. O contrato assinado entre a Aegea e o governo garante a empresa 30 anos de subconcessão.

Na Agespisa, os servidores temem que a subconcessão represente o fim da empresa. O presidente do Sindicato dos Engenheiros,Florentino Filho, afirma que a ordem dada pelo sindicato se deve a judicialização do processo de subconcessão.

“O governo conseguiu uma liminar para iniciar a subconcessão, mas o processo encontra-se judicializado. Existem um processo a nível federal e outro na Justiça do Trabalho que ainda não foi jugado. São várias ações. Diante dessa situação a assessoria jurídica do sindicato orientou que nenhum funcionário é obrigado a passar as informações”, disse.

Florentino afirma que a insegurança jurídica deixa os funcionários apreensivos com relação ao futuro. “Não podemos passar informações da Agespisa para um empresa que nem sabemos se continuará a trabalhar. O funcionário corre o risco de ser responsabilizado no futuro”, afirmou.

A coordenadora das Parcerias Público Privadas (PPPs), Viviane Moura, afirma que o governo tenta resolver o impasse na Agespisa. “Funcionários da Agespisa se negam a repassar informações. O governo tenta resolver com o diálogo para não atrasar o processo de transferência de informações. Toda a base de conhecimento de saneamento está na Agespisa. Alguns funcionários se recusam a passar essas informações. Os funcionários da nova empresa não conseguem ter acesso e iniciar os trabalhos. Mas é uma questão de tempo para essa situação ser resolvida ”, declarou.