CLASSIFICADOS NO CONCURSO DA PM PROTESTAM NO KARNAK

Os classificados no concurso da Polícia Militar do Piauí (PM), realizado em 2017, protestaram em frente ao Palácio de Karnak na manhã desta sexta-feira (26). O governo do Estado já convocou 480 aprovados, mas de acordo com item presente no edital, a convocação deveria ser o dobro, cerca de 960 homens.

O grupo dos 400 classificados que ficou de fora denuncia que o governo tenta mudar o edital para não convocar o restante dos classificados. “Fizemos a nota classificatória no concurso e estamos dentro da média e vamos lutar. O edital falava em chamar o dobro de vagas e o governador mudou, chamando só 400. Existe um decreto que estipula que o edital não pode ser mudado durante o transcorrer do concurso. O governo descumpre a lei”, declarou Danilo Lima, que faz parte da lista de classificados.

Ele cita como exemplo o Estado do Ceará onde o governador tentou mudar o edital para convocar mais classificados no concurso da PM de lá. “Desde o ano passado lutamos e temos como exemplo estados como o Ceará. O governador de lá fez um concurso e chamou mais de 4 mil vagas e procurou mudar o edital para chamar mais vagas. O contraste ocorre no Piauí. Já tem um dos menores efetivos do Brasil em relação à segurança pública e o governador faz um concurso com poucas vagas e ainda faz um edital para chamar menos candidatos”, declarou.

Classificados no concurso  da PM esperam ser convocados (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)

De acordo com o grupo, o Piauí tem hoje 5.926 homens, mas o ideal seria 11.336. Eles afirmam que estiveram reunidos com o secretário de Governo, Merlong Solano, que prometeu uma resposta, mas até o momento nada foi anunciado.

“O secretário Merlong prometeu conversar com o governador, ficou de apresentar uma resposta, mas até agora nada. Ele dizem que buscam uma maneira legal de tentar realizar as convocações. Mas não confiamos em palavra de político, queremos uma garantia, algo como uma lista de convocação”, disse.

A justificativa do governo é que se realizar o restante das convocações, pode ultrapassar o limite prudencial imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A reportagem tentou entrar em contato com o secretário Merlong, mas não obteve retorno.

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