Em entrevista ao Política Dinâmica, o deputado federal Assis Carvalho (PT) criticou a postura do PP, partido presidido no Piauí pelo senador Ciro Nogueira, de votar a favor do processo de impeachment. Segundo ele, a decisão da legenda, que até alguns dias atrás possuía ministério no governo de Dilma Rousseff (PT), foi “insensata e ingrata”.
Ciro Nogueira passou de um dos principais nomes do governo Dilma para inimigo do PT nacionalmente e no Piauí. Nos bastidores, comenta-se que as principais lideranças do partido pedem ao governador Wellington Dias (PT), que o partido seja “varrido” do governo.
O PP é o partido da vice-governadora Margarete Coelho e possui cargos. De acordo com Assis, o partido ainda não discutiu como ficará a relação com o PP no Piauí. “Para quem estava com ministérios no governo até alguns dias atrás foi uma decisão ingrata e insensata. Não vou falar muito porque o PT ainda não se reuniu. Só vamos avaliar essa situação mais à frente. Só posso dizer que a história vai cobrar”, declarou.
ELOGIOU MARCELO CASTRO
Assis Carvalho elogiou a postura do ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), que votou contra o impeachment. Marcelo foi contra a orientação nacional do PMDB que determinava que os parlamentares da legenda votassem pelo impeachment. Ele corre o risco de ser expulso do PMDB.
“O Marcelo Castro mostrou ser muito honesto. Ele ficou ao lado da presidente e votou contra o impeachment, mesmo o partido dele apoiando essa situação. Essa foi uma postura coerente e mostrou grandeza”, disse.
ELEIÇÕES GERAIS
Sobre a possibilidade da convocação de eleições gerais, Assis afirma que caberá ao povo decidir. “O PT não aceita o golpe. Perdemos essa votação mais ainda temos o apoio do povo, dos movimentos sociais e das classes populares. O povo é que vai decidir qual o destino do país”, comentou.
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