'Somos um exército em defesa da democracia'

Uma vasta programação homenageou a passagem dos 87 anos da Ordem dos Advogados do Brasil,Secção Piauí (OAB-PI).

Homenagem na Câmara Municipal, criação da Comissão de Defesa dos Direito dos Animais, homenagens ao ex-conselheiros federais e a recepção de novos advogados marcaram o dia e reforçaram a luta da OAB-PI na defesa da democracia.

À Imprensa, o Presidente da Ordem Celso Barros disse que o momento é de alegria e júbilo, que enaltece a história da OAB, marcada por lutas no presente e com a crença que o futuro será promissor.

"Nossa classe advocatícia está irmanada com este propósito de fazer justiça e levar cidadania para as pessoas e que o espírito de luta e coragem, de amor ao próximo prevaleça sempre", pontuou Celso Barros.

Em seu discurso, agradeceu a todos que fizeram a história da OAB-PI ao longo destes anos, evidenciou o papel importante da Imprensa na construção e defesa da democracia, sobretudo, em tempos de fake news. Celso Barros também fez um relato numérico da estrutura da OAB-PI, que forma, segundo ele, um exército em defesa das causas sociais e dos direitos fundamentais.

"Hoje somos em um grupo de 13.085 advogados no Piauí, dos quais 8.875 estão em Teresina. Temos 59 Comissões, 13 Subseções e já tivemos 25 presidentes, todos convictos da missão que é fazer a OAB. Missão esta que não deixará de existir com o avanço tecnológico e inteligência artificial, mas que se torna cada dia mais cobrada em virtude das dificuldades do mercado. Enfim, diante deste cenário, temos a esperança de que os direitos fundamentais serão garantidos com ética e coragem pelos advogados que aqui já estão e pelos novos que aqui chegam", disse Celso Barros.

A noite festiva foi coroada com a palestra do professor Ingo Sarlet, que discorreu sobre Liberdade de Expressão e Discurso do Ódio na Internet. Sarlet se disse honrado em participar das homenagens à Ordem piauiense e pontuou que as fake news levam ao discurso do ódio, que é, para ele, um fenômeno de difícil equacionamento.

"É enorme o impacto para a política e para a democracia, mas isso não é novo. Este discurso é tão antigo quanto a humanidade, o meio em que ele se propaga é que é novo, que é a internet. Em linhas gerais, afirmo que o grande mal das fake news é atacar as democracias, é corroer as instituições em um movimento orquestrado para a desinformação da sociedade", assinalou Sarlet, grande referência do Direito Constitucional Brasileiro.

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