Mulheres ainda sofrem com violação de prerrogativas

A mulher advogada ainda convive muito com suas prerrogativas violadas no Piauí, sobretudo, no interior do estado. A afirmação é da presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Piauí (OAB-PI), Dalva Fernandes.

Em entrevista ao Justiça Dinâmica, na FM O Dia, ela evidenciou que recentemente foi registrado um caso na Justiça do Trabalho em que a advogada grávida pediu preferência na ordem de sua audiência, mas teve seu pedido negado pelo magistrado.

"Temos relatos de alguns desrespeito em algumas unidades do estado e para que a OAB possa atuar mais fortemente, é preciso que estas advogadas relatem. Muitas delas se calam. Tivemos esse caso na Vara do Trabalho e a advogada fez o relato. Depois as Comissões de Prerrogativas e do Direito do Trabalho se reuniram com a Diretoria do Fórum e foi baixada uma Portaria regulamentando internamente isso, embora seja algo desnecessário, já que o próprio Estatuto da Ordem prevê esse direito a antecipação das audiências para mulheres grávidas. Não tivemos mais casos aqui, mas sabemos que ocorre, ainda mais no interior do estado, onde as violações às prerrogativas são mais presentes", argumenta Dalva Fernandes.

CAMPANHA PARA DETENTAS
Dalva Fernandes explicou que a campanha realizada pela Comissão da Mulher Advogada para arrecadar produtos de higiene para as detentas tem como objetivo complementar os materiais que elas recebem do estado, que não são suficientes para todo o mês.

"São pessoas que estão presas e pagando por seus crimes, mas que precisam de um mínimo de dignidade", assinada.

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