Participação feminina na política ainda não é efetiva, avaliam especialistas

A Coordenadoria Estadual de Políticas para as Mulheres realizou, por meio virtual, o 'Webinário Voto Feminino', tendo como mediadora Silvani Maia, membro da Ajuspi e Coordenadora de Estado de Políticas para as Mulheres (CEPMPIAUI).

Segundo Silvani Maia, o evento ocorreu em alusão aos 89 anos da conquista do voto feminno no Brasil, celebrado neste dia 24 de fevereiro.

"Destacamos que essa conquista fez surgir o primeiro Código Eleitoral e com ele, a Justiça Eleitoral, criando o direito ao voto feminono, ainda que facultativo, vez que as mulheres só votavam se fossem casadas ou se tivessem autorização dos maridos. As que fossem viúvas só podiam se tivessem renda própria. Esse direito, claro, foi uma conquista grandiosa das mulheres", destacou Silvani Maia.

De acordo com Silvani Maia, no evento também foi realçamos que essa data faz alusão a uma conquista histórica, mas que não acabou. Para ela, a luta continua, bastando observar o resultado das eleições 2020, para perceber que mesmo as mulheres tendo direito a uma participação por gênero de no mínimo 30%, na prática, os resultados ainda não são os esperados.

"Nas últimas eleições municipais o Piauí teve apenas 3.545 candidatas mulheres, do total de 10.658 candidaturas, o que representou, nesse pleito, 33.26%. Em relação às eleitas, foram apenas 501 mulheres. Isso mostra que mesmo com a conquista ao direito de participação política, o resultado ainda não é um número expressivo. Ainda temos que analisar porque a quantidade de mulheres vitoriosas ainda é aquém", avaliou.

Silvani Mais frisou, ainda, que a criação do Código Eleitoral teve uma importância destacada, pois veio para moralizar as eleições e disse que essa data é primordial para marcar esses momentos, que são o surgimento da Justiça Eleitoral e a conquista do direito ao voto feminino.

O evento contou com a participação do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) e do Observatório Feminino Nacional.

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