ZIZA DISPARA CONTRA FORMAÇÃO DE “CHAPINHAS”

Secretário endureceu o tom contra chapinhas (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O deputado estadual licenciado e secretário estadual de Meio Ambiente, Ziza Carvalho (PDT), fez nesta segunda-feira (22) duras críticas a intenção de alguns dirigentes partidários de montar as chamadas “chapinhas”, bloco de partidos pequenos para a disputa proporcional nas eleições deste ano. Segundo ele, todas as siglas que estão na base do governo Wellington Dias (PT) precisam ir juntas para a disputa.

Ziza lembrou que a minirreforma eleitoral aprovada no Congresso Nacional acabou com as coligações proporcionais e que os partidos pequenos, sobretudo aqueles de aluguel, precisam se conformar com a nova realidade. A mudança só valerá a partir das eleições de 2020, mas o secretário sustenta que os partidos já deviam usar a eleição de 2018 para irem se acostumando.

“A reforma acabou com as coligações proporcionais a partir de 2020. Com isso, apenas os partidos fortes, que tenham candidatos comprometidos com a ideologia partidária e que tenham capilaridade de votos em todo o estado podem se viabilizar. Aqueles pequenos partidos vão sumir. Partidos de aluguel, que vendem tempo de televisão, a tendência é sumir. Porque não começar essa educação política nas eleições de 2018?”, questionou.

"Quem tem voto não precisa de chapinha" (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

"SE QUISEREM CHAPINHAS, QUE VÃO PARA A OPOSIÇÃO"
Na avaliação de Ziza, a formação das chapinhas fere o princípio da soberania popular, uma vez que candidatos com baixas votações acabam se elegendo em detrimento de outros que obtêm maior aprovação do eleitor. Ele afirma que os blocos articulados pelos pequenos partidos não passam de manobras para garantir a sobrevivência de siglas com baixa expressão política perante o eleitorado e exige pulso firme do governador para vetar esse tipo de jogada.

“Nós temos que fazer uma ampla coligação. Aqueles que têm voto e serviços prestados não devem ter medo de buscar o seu lugar na Assembleia ou na Câmara Federal. É apenas uma manobra para se manterem e uma manobra inócua, pois daqui a dois anos vai ser proibido esse tipo de arranjo político-partidário. Eu acho que o governador deve ter pulso firme de exigir a base coesa numa única coligação. Se quiserem chapinha, que vão para a oposição”, disparou.

No Piauí, o principal defensor da chamada “chapinha” é o deputado estadual Evaldo Gomes (PTC) que defende aliança proporcional com PR, PC do B e Podemos. Além do bloco liderado por Evaldo, também existem articulações para a formação de outra chapa de partidos pequenos capitaneada pelo deputado estadual Fernando Monteiro (PRTB), num grupo composto por PRTB, PV, PHS, PSL, PPS e PRP. Na base do governo, a maioria defende que todos entrem num único bloco, prevalecendo quem tem mais voto.

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