O governador Wellington Dias (PT) falou nesta terça-feira (8) sobre a insatisfação de deputados da base governista com secretários que serão candidatos em 2018. Alguns parlamentares têm afirmado que membros da equipe de Wellington estão usando as pastas que ocupam para investir sobre as bases eleitorais dos deputados que já possuem mandato.

Wellington defendeu o diálogo para evitar o acirramento da disputa entre os próprios aliados e para assegurar o espaço de todos. Ele lembrou que as convenções que definirão as candidaturas vão acontecer daqui a um ano. Pelo menos 15 nomes que compõem a equipe dele, incluindo os deputados licenciados, devem disputar as eleições no próximo ano.

“É dialogando [que se revolve]. Nós estamos a um ano das convenções e no próximo ano, a essa altura, nós já teremos a definição. Eu acredito sempre que é através do diálogo que a gente vai poder garantir as condições de um espaço onde cada um possa alcançar seus objetivos”, falou o governador.

Na segunda-feira (7), o deputado estadual Mauro Tapety (PMDB) chegou a dizer que está existindo um verdadeiro “canibalismo” dentro da base aliada. Segundo ele, se não houver uma intervenção rápida do governador para conter a situação, os desconfortos vão aumentar e os estragos podem se tornar irreversíveis.

O também peemedebista João Mádison já externou o incômodo com a situação. De acordo com ele, "tem secretário que não passa mais um fim de semana em Teresina". O parlamentar disse que tem deputado que já perdeu o apoio de prefeito para secretário de Wellington que vai ser candidato no próximo ano.