O vereador Ítalo Barros (PTC) disse nesta terça-feira (22) na Câmara Municipal que está sendo vítima de perseguição política por parte de uma pessoa ligada aos deputados Júlio César e Georgiano Neto (PSD), pai e filho, respectivamente. De acordo com ele, uma coordenadora de um órgão estadual indicada por Georgiano está promovendo uma campanha difamatória contra ele por conta de uma disputa pela presidência da associação de moradores de um bairro na Zona Leste, pleito em que ele apoiou um dos candidatos.

Ítalo também atribui a suposta a perseguição ao fato dele ser um potencial candidato a deputado estadual em 2018, o que contraria os interesses do grupo de Georgiano. Em entrevista à imprensa após ter levantado a questão na Câmara, Ítalo disse que a funcionária afirma ter o apoio de Georgiano e Júlio César para denegrir a imagem dele e da família dele. Panfletos e áudios em aplicativo de mensagens estariam sendo distribuídos insinuando que Ítalo é ladrão e até usuário de drogas, fato que despertou a revolta do parlamentar.

“Uma coordenadora do governo o Estado, afirmando ter o apoio de um deputado estadual e um federal, pai e filho, denegriu a imagem da minha família criando jornais com título enganoso e distribuindo de casa em casa, colocando para o povo escutar gravações de áudios falando mal da minha pessoa e da pessoa do meu pai. Eu estou munido de provas que confirmam perseguição política por parte dessa coordenadora”, disse Ítalo.

Revoltado com a situação, o vereador disse que também acionou a Justiça diante do caso e que vai recorrer a todos os meios necessários. Ele afirmou ainda que uma comissão de 10 vereadores vai marcar uma audiência com o deputado estadual Georgiano Neto para entregar a ele tudo o que aconteceu e evitar que a coordenadora indicada por ele continue com a suposta perseguição. Ítalo fez questão de afirmar que "se tiver que brigar, vai brigar”.

“Perseguição política em pleno século XXI não existe. Nós vamos expor tudo o que acontecer. Agora, a próxima eleição é de deputado e eu sou vereador e tenho mais três anos nessa Casa. Então se for para brigar, nós vamos brigar. Vou também procurar o governador do Estado para mostrar o que aconteceu para que ele veja o que algumas pessoas que trabalham com ele têm capacidade de fazer. Eu fui moralmente difamado. Todos vão ficar horrorizados quando eu trouxer as provas para a Câmara de Teresina”, afirmou.

OUTRO LADO
A reportagem do Política Dinâmica procurou o deputado estadual Georgiano em seu gabinete na Assembleia Legislativa. O parlamentar disse desconhecer completamente a suposta perseguição denunciada pelo vereador e garantiu que não participou efetivamente da eleição na comunidade apontada por Ítalo, tendo comparecido apenas à algumas reuniões.

“Eu desconheço isso, até porque não é perfil nem meu e nem do pai estar perseguindo ninguém. O Estado do Piauí nos conhece e sabe do nosso trabalho e da maneira como a gente lida com as questões, principalmente com as disputas eleitorais. Jamais iria denegrir ou apoiar quem denegrisse a imagem do vereador, até porque eu pouco o conheço. Não tenho intimidade nenhuma com ele e não é meu perfil estar falando de ninguém”, disse.

Georgiano ainda afirmou que é precipitado o vereador do PTC levantar um tema como esse na Câmara Municipal de Teresina. “O vereador fique à vontade para tomar as providências cabíveis. Eu nem conheço o vereador. Só vejo ele na imprensa. Meu perfil é um perfil muito sereno e tranquilo, não é de se envolver em picuinha. Isso aí pra mim é picuinha”, concluiu.