UMA LEGISLATURA E SETE BAIXAS

A Assembleia Legislativa do estado do Piauí (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

É comum que a composição do Poder Legislativo sofra mudanças ao longo da legislatura. Deputados são convidados para assumir secretarias, outros se elegem para cargos diferentes no meio do mandato, uns são indicados para vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE) ou, em casos mais raros, morrem no exercício parlamentar.

Nesse aspecto, a legislatura de 1991 a 1994 no Piauí foi histórica. No seu decorrer, sete deputados estaduais deixaram a Assembleia Legislativa de forma definitiva. Quatro foram para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), enquanto outros três morreram em pleno exercício do mandato parlamentar. Foi quase 1/4 da composição da Alepi.

Cabe registrar que, além dos sete que saíram da Assembleia em definitivo, outros três abriram espaço para suplentes serem convocados de modo temporário. Na atual legislatura, chegamos ao número absurdo de 15 suplentes empossados, o que representa metade do Parlamento estadual. No entanto, nenhum deles foi efetivado, ou seja, nenhum deputado titular deixou o mandato definitivamente ao longo desses quatro anos.

Na legislatura 1991/1994, saíram da Alepi para o TCE-PI os deputados Barros Araújo (PFL), Luciano Nunes Santos (PDS), Sabino Paulo (PFL) e Jesualdo Cavalcanti (PFL). Morreram os deputados Sebastião Leal (PFL), Waldemar Macêdo (PFL) e Francílio Almeida (PMDB). O primeiro falecido era, inclusive, presidente da Assembleia Legislativa.

Com a saída definitiva dos sete parlamentares, foram efetivados no cargo os suplentes Marcelo Coelho (PDS), Ferreira Neto (PFL), Humberto Reis da Silveira (PFL), Juraci Leite (PFL), Homero Castelo Branco (PFL), Antônio Rufino Sobrinho (PFL) e Juarez Tapety (PL).

QUEDA DO VELHO ESQUEMA
Naquele tempo, o governador era Freitas Neto (PFL). Foi a última vez que o "velho esquema" governou o Piauí. Em 1994, Mão Santa (PMDB) derrotou Átila Lira (PFL) e encerrou o ciclo. De 2002 em diante, Wellington Dias (PT) iniciou o que hoje já é chamado de "nova oligarquia". O petista vai para o 4º mandato, algo inédito na história do estado. Em 2022, os piauienses poderão dizer que dos últimos 20 anos, 16 foram governados por um mesmo homem.

Comente aqui