Chegamos ao fim de mais de um ano. O tão esperado 2018 já está logo aí e no mundo político será um ano de muitas expectativas, afinal é ano eleitoral. Será a primeira eleição para deputados, senadores, governadores e presidente da República após os escândalos revelados pela operação Lava Jato. Iremos eleger um presidente depois de um dos mais conturbados períodos na nossa história política, onde tivemos o segundo impeachment de um chefe da República em pouco mais de 20 anos.

Apesar de todas essas expectativas para 2018, não podemos esquecer dos prefeitos eleitos em 2016 e que agora finalizam o primeiro ano de gestão. Quando assumiram em primeiro de janeiro deste ano, os novos gestores municipais, exceto aqueles reeleitos ou que receberam o poder de políticos aliados, reclamavam de dificuldades e alegavam terem achado prefeituras sucateadas. Para quase todo problema que surgia, vinha a desculpa dos estragos do antecessor. Boa parte delas, diga-se, tudo exagero e papo furado.

No entanto, o primeiro ano de gestão já se foi. Quem pouco ou nada fez usando a desculpa de “arrumar a casa primeiro” agora pode cuidar de ir trabalhar e mostrar serviço para a população. As prefeituras realmente passam por séria crise de queda de repasses, mas daqui para a frente não vale mais a desculpa do antecessor desleixado. É claro que uma gestão desastrosa pode deixar reflexos por muito tempo, mas nada que impeça a administração subsequente de trabalhar e mostrar resultados. Já chegamos a um quarto do mandato. Tempo demais, né?

Portanto, em 2018 devemos ficar atentos e cobrar com mais força os resultados das gestões municipais. São 224 prefeitos piauienses que, de agora em diante, perdem o direito à desculpas atribuídas a quem lhes antecedeu. E não vale criar outra desculpa: a de que é ano eleitoral no Estado e que fica mais difícil os pleitos municipais avançarem nos órgãos da administração estadual. Para os prefeitos que assumiram em 2017, um Feliz Natal e um 2018 sem desculpas, sem papo furado e com mais ação e trabalho para o povo.