SÓ SENDO DE FORA

Presidente da Funasa em visita ao Piauí (Foto: Jailson Soares/PoliticaDInamica.com)

Tem gente que gosta de dar valor quem é de fora! O evento com a presença do presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Rodrigo Dias, realizado nesta segunda-feira (18) na Associação Piauiense de Municípios (APPM) foi bem prestigiado. Dava até a impressão de que o rapaz era um ministro do primeiro escalão do governo federal.

Tudo foi capitaneado pelo senador Ciro Nogueira (Progressistas), que novamente fez uma frente com os prefeitos do Piauí. Sobre essa movimentação toda, vale destacar um detalhe: até outro dia, o presidente da Funasa era o piauiense Henrique Pires. Ele comandou o órgão tanto no governo Dilma Rousseff (PT) quanto no atual de Michel Temer (PMDB).

Interessante é que Henrique sempre estava no Piauí e nunca trataram ele com esses “ares de importância” todo. Também garantia recursos para o Estado, mas ninguém, além dele, fazia badalação. Agora que a Funasa é ocupada por um advogado paulista, dezenas de políticos prestigiam sua vinda para anunciar recursos que, em alguns casos, se não houver apresentação de projetos pelos prefeitos, nunca serão liberados.

Rodrigo anunciou recursos para 190 cidades (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

Rodrigo Dias, aliás, foi preso em flagrante em 2014 suspeito de agredir a ex-mulher após sair de um cartório onde oficializaram a separação em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Ele nega a agressão e garante ter total convicção de que após a instrução processual será absolvido, conforme comprovam testemunhas, filmagens e perícia. Diz ainda que a ex responde processos por injúria, invasão de domicílio e comunicação falsa de crime.

Independentemente de qualquer coisa, o certo é que quando um piauiense estava lá na Funasa, o prestígio dado a ele aqui no Piauí era diferente. E para não ficar só no exemplo de Henrique Pires, deve-se lembrar que Ricardo Barros, atual ministro da Saúde, já teve recepções bem mais badaladas por aqui do que quando o piauiense Marcelo Castro (PMDB) estava no cargo de ministro, ainda no governo Dilma.

Parece que nesses casos vale aquele ditado popular de que “santo de casa não faz milagre”.

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