Foi justamente ela, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), o motivo de maior especulação em torno do novo [que não verdade não é novo] secretariado do governador Wellington Dias (PT). O progressistas de Ciro Nogueira e companhia queria a indicação da pasta, espaço que também era bastante disputado pelo PT de Assis Carvalho, de Rejane e suas turmas.

A disputa acabou em nada. E duas coisas provam esse “nada”. Uma é que o espaço continua com o PT, mas para contar vantagem, o Progressistas diz que a indicação foi dele. O outro é que o secretário da Sesapi será a mesma pessoa. É justamente aí onde está o problema! Nada contra o cidadão Florentino Neto, que até demonstra ser um homem polido e educado.

O problema é que, querendo ou não, sua gestão na Saúde tem sido um fiasco, alvo de críticas e sempre enfrentando crises. Hospitais sucateados, pacientes morrendo em corredores, mães e recém-nascidos mortos na maior maternidade do Estado [que foi até interditada pelo CRM] e pacientes crônicos à beira da morte pela falta de fornecimento de medicamentos.

Esses são alguns dos problemas graves, cuja gestão de Florentino não demonstrou habilidade para superar. A Sesapi possui o segundo maior orçamento do governo estadual, com dotação de R$ 1.234.150,842 (um bilhão, duzentos e trinta e quatro milhões, cento e cinquenta mil, oitocentos e quarenta e dois reais) para 2019. Só perde para a também superpoderosa Secretaria da Educação, que fica sob as rédeas da primeira-dama Rejane e do governador.

Quando, após tantos problemas e críticas na saúde, o governador aceita manter Florentino, ele demonstra que seu quarto governo não deverá ser nada diferente do terceiro. Manter um secretário mal avaliado numa secretaria pequena, ainda que não seja recomendável, pelo menos não significa que toda a gestão será afetada. Agora, manter um secretário mal avaliado numa pasta primordial como a Saúde é fechar os olhos para algo muito importante.

O arranca rabo entre PT e Progressistas pelo comando da Saúde poderia ter surtido algum efeito para a população se um nome novo tivesse sido colocado. Não surtiu! O quarto governo de Wellington Dias também poderia começar dando alguma perspectiva positiva para os piauienses. Não começou! Até agora, segue tudo como dantes no quartel de Abrantes.

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