REFORMA DE W.DIAS: O DESMONTE DO PALANQUE

Gustavo Neiva faz crítica à reforma (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

A oposição vai votar a favor do projeto de reforma administrativa que será encaminhado pelo governador Wellington Dias (PT) à Assembleia Legislativa. No entanto, não viu muita vantagem e nada de impactante nas mudanças alardeadas pelo governo. E a explicação para isso é simples, segundo argumentou o líder da oposição, deputado Gustavo Neiva (PSB).

Para ele, o governador só está desmontando o palanque construído em 2017 para pavimentar sua reeleição. Ele lembrou que Wellington criou diversas coordenadorias e órgãos para fazer acomodações políticas e agora que a eleição passou está extinguindo as estruturas. Neiva avisou que a oposição vai votar a favor da extinção porque entende que os órgãos nem sequer deveriam ter sido criados e lembrou que a criação foi alvo de críticas em 2017.

"O governador está desmontando o palanque que ele mesmo criou em 2017, haja visto que a grande maioria dos órgãos que serão extintos foi criada por ele próprio para acomodação política e para buscar apoio político para as eleições de 2018. Passada a eleição, nada mais conveniente do que desmanchar o palanque eleitoral construído em 2017. Essa reforma eu avalio como muito tímida e incipiente. Visa primeiramente desmanchar o palanque", falou.

O parlamentar voltou a criticar o fato de o governo anunciar a demissão de mais de 2 mil servidores terceirizados ao invés de começar a cortar gastos na própria residência oficial e com o que classificou de "farra das aeronaves". Para ele, o governo precisa fazer cortes de "cima para baixo" e não de "baixo para cima". A maior parte dos servidores terceirizados que serão demitidos está com três meses de salários atrasados.

"O governador deveria começar a reforma dando exemplo e cortando na própria carne, reduzindo esses gastos na residência oficial, com a farra das aeronaves, e preservando o emprego desses mais simples e humildes que são os serviços terceirizados. Quanto a reforma, está apenas desmanchando o palanque eleitoral construído em 2017", finalizou.

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