"A DEMOCRACIA COBRA DOS SEUS ALGOZES"

Presidente do PT-PI falou sobre saída de Moro (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O deputado federal Assis Carvalho, presidente do PT no Piauí, avalia que as denúncias feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro são gravíssimas. Segundo ele, é preciso que o STF, o Parlamento Brasileiro e as Forças Armadas se manifestem sobre os crimes supostamente cometidos pelo presidente conforme denunciado por Moro.

Mesmo assim, Assis não isenta o ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato e também atribui crimes a ele. O petista afirmou que Moro cometeu elevados crimes contra a Pátria ao usar a toga para, nas palavras de Assis, fraudar um processo contra o ex-presidente Lula (PT) e tirá-lo da disputa eleitoral de 2018. Segundo Assis, a democracia, quando ferida, cobra dos seus algozes.

"O Moro cai fazendo uma forte denúncia contra Bolsonaro. Espero que o Parlamento brasileiro, o STF e as Forças Armadas se manifestem sobre os crimes praticados pelo presidente conforme denúncia de seu ex-ministro da mais alta confiança. É claro que o Moro também cometeu elevados crimes contra a Pátria quando usou a toga para fraudar um processo contra o Lula e assim tirá-lo da disputa de 2018. E espero que ele pague por isso. A democracia, quando ferida, cobra dos seus algozes. E esse preço o Moro ainda há de pagar", afirmou.

AUTONOMIA DA PF NOS TEMPOS DO PT

Assis Carvalho ainda falou sobre o fato de Sérgio Moro ter reconhecido a autonomia da Polícia Federal durante as gestões do PT no Governo Federal. O deputado reconhece que Moro admite uma verdade, mas afirma que usaram essa autonomia para fazer militância política.

"Sobre os elogios ora dispensados ao PT sobre autonomia da PF e do MPF, isso é uma verdade. Mas a autonomia foi usada para militância política por parte de quem deveria zelar as garantias jurídicas. Que a queda do Moro é um ato imperativo do presidente para esconder seus crimes, isso não há dúvidas. Que a democracia que prendeu Eduardo Cunha pelos seus crimes ainda vai por detrás das grades a família Bolsonaro e o Moro por seus crimes semelhantes", falou.

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