QUEM NÃO VOTOU, NÃO TEM VEZ

Wellington durante reunião com deputados da base (Foto: PoliticaDinamica.com)

O governador Wellington Dias (PT) reuniu nesta sexta-feira (10) no Palácio de Karnak os deputados estaduais da sua base aliada. O objetivo do encontro foi definir os critérios para o fatiamento do governo nas cidades do interior do Piauí. Passada a celeuma pelos cargos do primeiro escalão, agora as atenções se voltam para os cargos no interior.

Na reunião, o critério pilar foi reforçado: o da fidelidade. Nenhum deputado da base aliada poderá indicar nomes ou dar espaços para lideranças que não tenham votado no governador nos municípios. Nesse caso, se algum prefeito ou líder político votou num deputado aliado de Wellington, mas tiver apoiado outro candidato para o governo, ele não terá vez.

Wellington deixou claro aos parlamentares que não quer adversários ganhando espaços no seu quarto mandato, ainda que eles sejam aliados de algum deputado da sua base. Outro critério estabelecido, este mais secundário, foi o do tamanho das votações. Os deputados mais votados nos municípios terão direito a mais indicações para os cargos estaduais locais.

Flávio Jr. explica exigências do governador (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

"Serão chamados os deputados e será feita uma equação onde cada um terá direito de participar nos municípios onde terão cargos. Deputados que votaram no governador e lideranças que votaram no governador terão direito a indicações. Aquele deputado, mesmo sendo da base, que sua liderança no município não votou no governador, isso é óbvio que não poderá participar", explicou o deputado Flávio Nogueira Júnior (PDT) ao deixar a reunião.

Wellington deixou claro que o importante é ter votado nele, tanto que o critério também vale para a situação contrária. Se alguma liderança no município apoiou um deputado da oposição, mas votou no petista, essa liderança tem direito a algum espaço. "Às vezes uma pessoa não votou num deputado da base, mas votou no governador Wellington Dias. Então essa pessoa terá que participar do critério", disse o deputado Júlio Arcoverde (Progressistas).

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