QUEM É POBRE NÃO PODE FAZER OPOSIÇÃO

Júlio falou sobre posição do Progressistas (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

A pobreza como argumento para se aliar ao governo. É mais ou menos por aí que o deputado estadual Júlio Arcoverde (Progressistas) explica que o seu partido, presidido nacionalmente pelo senador Ciro Nogueira, não deve ser oposição ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Nesta terça-feira (30), ele defendeu o diálogo e disse que políticos de estados pobres como o Piauí não podem fazer oposição por oposição a um presidente da República. Logo, deixou claro que Ciro Nogueira deve levar o Progressistas para a base de Jair Bolsonaro.

"O Ciro disse que um senador do Piauí não pode se dar ao luxo de fazer oposição por oposição. Isso cabe mais aos senadores do Rio de Janeiro e de São Paulo, estados que realmente não precisam do dinheiro federal. Nós, como parlamentares estaduais, federais e senadores de um estado pobre como o Piauí é que temos que buscar cada vez mais dentro dos ministérios, dentro do governo atual, independente de qual seu partido, recursos para melhorar o crescimento e dar uma infraestrutura melhor para nosso estado", falou.

Júlio lembrou que Bolsonaro foi membro do Progressistas por vários anos e que a senadora Ana Amélia, líder do partido no Senado, apoiou o presidente eleito no 2º turno. O deputado acredita que a importância e o trâmite de Ciro Nogueira em Brasília fará o senador se tornar o elo entre o governo do Piauí e a gestão de Jair Bolsonaro. Além disso, Júlio destacou que Bolsonaro deu os primeiros acenos para o Centrão, grupo de siglas em que o Progressistas é o maior. Ele dá a entender que dentro de pouco tempo todos estarão na base. 

Na campanha, Ciro Nogueira mostrou apoio ao PT no PI (Foto: Reprodução)

No 2º turno da disputa presidencial, Ciro Nogueira anunciou que o Progressistas ficaria neutro e não declarou apoio a nenhum dos candidatos, nem a Haddad (PT) e nem a Bolsonaro (PSL). Em sua campanha de reeleição no Piauí, ele se apresentou como grande aliado do ex-presidente Lula (PT), usando sempre a figura do petista em seus programas eleitorais.

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