POR 4 A 3, CARMELITA É ABSOLVIDA NO TRE-PI

Gestora consegue se livrar da cassação (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

A prefeita de São Raimundo Nonato, Carmelita Castro (Progressistas), e o vice-prefeito Beto Macedo (PT) foram absolvidos na tarde desta terça-feira (26) em sessão por videoconferência do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI). Junto com eles, também foram absolvidos os vereadores Nunes de Jesus e Rian Marcos. 

O deputado estadual Hélio Isaías, marido de Carmelita, que tinha sido condenado a pena de inelegibilidade de oito anos, e o vereador Laércio Carvalho, cassado em 1ª instância, já haviam sido absolvidos na sessão do último dia (19).

O desfecho sobre Carmelita e os outros réus se deu após voto de minerva dado pelo presidente do TRE-PI, desembargador José James Pereira. A leitura do voto durou quase duas horas.

O processo se arrastava na Corte Eleitoral desde 2019 e se tornou conhecido pelos constantes adiamentos, suspensões e supostas tentativas de manobras para protelar o julgamento. Nesse período, houve a mudança de presidente do TRE-PI.

Depois do placar ficar empatado em 3 a 3, José James desempatou a questão para reformar a decisão do juiz de 1ª instância que havia cassado a prefeita e os demais réus em setembro de 2019. No processo, a Procuradoria Regional Eleitoral tinha opinado pela cassação da gestora.

Foram a favor da cassação os juízes Challes Max (relator), Agliberto Machado e Thiago Férrer. Votaram contra a cassação os desembargadores Fernando Lopes, Antônio Soares, Aderson Nogueira e o presidente José James, resultando no placar definitivo de 4 a 3.

Casal foi absolvido por decisão do TRE-PI (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Carmelita Castro, os vereadores, o vice-prefeito e o deputado estadual Hélio Isaías (Progressistas) eram acusados de abuso do poder político e econômico nas eleições de 2016. Na época, Hélio era secretário de Defesa Civil do Estado e, segundo a acusação,  usou a pasta de modo deliberado para fazer obras e ações no município em pleno período eleitoral.

O ex-prefeito Avelar Ferreira, que moveu a ação para cassar o mandato da gestora, disse que vai recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. "O processo termina lá", informou o ex-gestor que perdeu a eleição por diferença de apenas 2,14% dos votos válidos.

Comente aqui