PARA HUGO NAPOLEÃO, JK NÃO FOI ASSASSINADO

Hugo Napoleão foi amigo de Kubitschek (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O ex-governador do Piauí Hugo Napoleão lançou nesta quarta-feira (4) na Assembleia Legislativa o livro "Eu fui advogado de JK". A obra fala da relação do piauiense com o ex-presidente da República. Ao ser questionado pelo Política Dinâmica sobre a possibilidade de Juscelino Kubitschek ter morrido vítima de um atentado e não de um acidente, como sustentam algumas comissões investigativas, Napoleão disse que não acredita.

"Absolutamente não foi. Eu explico isso no livro. O próprio Paulo Octávio, ex-senador e ex-deputado casado com a neta dele, Ana Cristina, quando era deputado abriu uma comissão de inquérito e nunca chegaram a conclusão nenhuma. Foi um acidente. Não sei se o motorista Geraldo Ribeiro, meu amigo, dormiu ou se houve um problema no pneu. O carro atravessou a pista e foi colhido por um ônibus do outro lado. Foi realmente um infortúnio", disse.

Ex-governador durante sessão de autógrafos (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Juscelino Kubitschek morreu em 22 de agosto de 1976 durante viagem de carro na rodovia Presidente Dutra, em São Paulo. O veículo em que estava o ex-presidente, dirigido por Geraldo Ribeiro, entrou na pista contrária e se chocou com um ônibus. 

Em 2013, a Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo concluiu que não se tratou de acidente, mas sim de um atentado que provocou a perda do controle do carro. A Comissão Estadual da Verdade de São Paulo também concluiu pela tese do assassinato.

Em Minas Gerais, a Comissão da Verdade finalizou dizendo que é "provável e possível" que Juscelino tenha sido morto. O principal suspeito pelo suposto atentado é o Regime Militar. No entanto, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) concluiu que JK morreu vítima de acidente. A guerra de versões sobre as circunstâncias da morte continua até hoje, 43 anos depois.

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