NÃO TEM COMO DISFARÇAR

Reunião de Wellington com Dr. Pessoa e sua cúpula de campanha (Foto: Divulgação)

Assim que o médico Dr. Pessoa (MDB) foi lançado pré-candidato a prefeito de Teresina, algumas pessoas ficavam contrariadas quando alguém dizia que ele era um candidato da base de Wellington Dias (PT), um nome do Palácio de Karnak. Seu próprio pré-candidato a vice, o ex-deputado estadual Robert Rios (PSB), era um dos que não admitiam essa ligação e demonstrava irritação com quem tentava relacionar Pessoa ao governo petista do Estado.

O MDB é um partido da base de Wellington e obedece todas as ordens do governador na Assembleia Legislativa do Piauí. Além disso, o próprio Wellington há algum tempo coloca Dr. Pessoa como um candidato da sua base. Em 13 de março, por exemplo, ele disse que se a eleição fosse naquele dia, seria decidida entre dois nomes da base do seu governo, fazendo referência a Dr. Pessoa (MDB) e Fábio Abreu (PR), líderes nas pesquisas.

Esta semana, uma reunião no Palácio de Karnak acabou com qualquer tipo de dúvida que ainda pudesse pairar sobre a ligação de Pessoa com a gestão petista estadual. A reunião de Wellington com os emedebistas Dr. Pessoa, Themístocles Filho, Marcelo Castro e Jeová Alencar para acertar acordo de apoio governamental em um eventual segundo turno tira os argumentos de quem não queria admitir que a candidatura do MDB é também do Karnak.

Se Wellington considera que Pessoa é um dos seus candidatos, se os mentores dessa candidatura são ligados fielmente ao governador e se uma reunião entre todos eles selou acordo de união para eventual segundo turno, o que ainda falta para alguém argumentar que Dr. Pessoa não é um candidato do Palácio do Karnak? E por que negar?

A política é dinâmica, mas não é tão difícil de entender.

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