No evento de filiação do deputado federal Átila Lira, o assunto principal era o projeto de candidatura própria do Progressistas em 2022. No nono mês da atual gestão, os olhares se voltam para um pleito que ainda está distante, mas que movimenta o cenário político piauiense desde agora. Ninguém esconde, ninguém nega que tudo se volta para 2022.
Sonhando dia e noite com o Palácio de Karnak, o senador Ciro Nogueira já anunciou que vai se licenciar do mandato para se dedicar à campanha dos "prefeitos dele". São pelo menos 100 no Piauí todo. A estratégia é ajudar as lideranças municipais em suas campanhas para dois anos depois ter o apoio delas na campanha para governador do Piauí.
Essa ideia Ciro tem na cabeça há muito tempo. Desde quando colocou a mãe, Eliane Nogueira, como primeira suplente na eleição de 2018, ele já tinha o plano todo traçado. Com a mãe no Senado, Ciro poderá se embrenhar no interior do Piauí durante as eleições municipais. Para ele, não haverá nenhum prejuízo. Muito pelo contrário, só tem a ganhar.
Todo mundo sabe que a mãe de Ciro é a primeira suplente dele, mas ontem (23) um repórter experiente, talvez querendo que o senador pronunciasse a palavra "mãe", perguntou a ele quem ficaria em seu lugar no período da licença. Após dar um sorrisinho, Ciro evitou dizer "minha mãe". Respondeu que a "senadora Eliane" ocupará a vaga dele.
Os políticos sempre planejam tudo certinho. Ciro está de olho na conquista do Governo do Estado e por isso colocou a própria mãe de primeira suplente. Como cúmplice dessa "esperteza" está o povo, que reclama muito, mas quase sempre colabora para os planos dos políticos darem certo. No caso de Ciro Nogueira, tudo está saindo como planejado.
Até agora, a população que tanto joga pedra nos políticos tem ajudado direitinho. O senador segue achando muito bom, pois, afinal de contas, o povo também é uma mãe.
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