NADA DE SE ESCONDER

Tucano perdeu eleição em 2018 (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

No Piauí, o hábito de alguns políticos após perder a eleição é sumir por algum tempo, evitar a imprensa e aparecer pouco. É como se as mazelas que denunciaram na campanha deixassem de existir, já que as "críticas em defesa do povo" somem após o revés nas urnas. Não parece ser essa, pelo menos até agora, a postura que Luciano Nunes (PSDB) vai adotar.

Tão logo o governador Wellington Dias (PT) apresentou a proposta de reforma administrativa, ele resolveu se posicionar e fez críticas. O tucano perdeu a eleição para Wellington em 2018, ficando em terceiro lugar na corrida pelo Palácio de Karnak. Apesar disso, não tem fugido de entrevistas e nem se esquivado de comentar assuntos do mundo político.

Para Luciano, mesmo após 120 dias das eleições, os serviços essenciais de saúde, educação e segurança pública estão em situação de colapso e, na visão dele, o governador segue inerte diante dos problemas. Já ao criticar a proposta da reforma, Luciano lembrou que Wellington inchou a máquina pública estadual e que agora só está desfazendo parte do inchaço. O tamanho da máquina foi exaustivamente criticado pelo tucano ao longo da campanha.

Luciano considerou a proposta de reforma tímida e disse que as unidades gestoras "mais gastadoras" foram mantidas. O tucano avalia que a reestruturação apresenta medidas pontuais e defende que a quantidade de secretarias seja reduzida em 50%, para garantir que o Estado tenha, efetivamente, dinheiro a mais para investir nos serviços e na infraestrutura.

"Certamente, [essa reforma] não resolverá os problemas de caixa do Piauí. Precisamos reduzir mais da metade dessa estrutura para o governo poder caber no Estado. Propomos para 12 o número de secretarias e 17 os órgãos da administração indireta. Temos que profissionalizar a gestão e acabar com esse improviso. Pensar no Estado sob a ótica do que tem que ser feito, do que é prioridade e não para acomodar políticos. Temos que racionalizar e melhorar a qualidade do gasto público", defendeu.

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