“VOTARAM NO LUCIANO E QUEREM CARGOS”

Assis esquenta o clima na base do governo (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O deputado federal Assis Carvalho (PT) partiu com tudo nesta sexta-feira (17) para cima do grupo político dos Bocas Pretas, tradicional clã político da cidade de Oeiras. Ao comentar declaração feita pelo deputado estadual Bessah (Progressistas) sobre a indicação dos diretores dos hospitais regionais, Assis afirmou que o clã dos bocas pretas não votou no governador Wellington Dias (PT) em 2018 e por isso não merece cargos.

"Eu vi o deputado Bessah falando isso e não entendi. Se você encontrar na cidade de Oeiras pelo menos um carro do grupo deles adesivado com o Wellington, uma reunião que tenha acontecido, um comício, um secretário ou um vereador, aí eu acho que podem falar alguma coisa. Não teve um que não tenha votado no Luciano Nunes. Eu não entendo porque eles estão reivindicando cargo da base do governador em Oeiras", criticou Assis.

Para o petista, é sem sentido os bocas pretas quererem espaços na gestão estadual se tentaram eleger um candidato da oposição. "Eu acho que merece quem votou no Wellington. É o óbvio. Esse é um problema sem sentido. Você vota no Luciano e quer cargo do governador na cidade? Não estou dizendo que não tenha pessoas, individualmente, que não tenha votado em outras cidades. Mas em Oeiras o grupo [deles] votou no Luciano Nunes", disse.

O lider B.Sá e seu filho, o deputado Bessah (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

PATRIARCA DEFENDE O GRUPO, MAS MANDA AVISO PARA WELLINGTON
Em entrevista na quinta-feira (16), o ex-deputado federal B.Sá, líder maior dos bocas pretas, disse que seu grupo político está com o governador desde a eleição de 2014. Ele avalia que os bocas prestas têm direito a indicar mais de 60% dos cargos em Oeiras e mesmo assim nenhuma indicação foi feita até agora. Em tom de recado, B.Sá falou que é necessário o governador refletir melhor e pensar que existe um futuro pela frente.

"Não vou dizer que o governador nos desprestigia. Mas eu acho que ele vai racionar, vai refletir e ver que o nosso grupo ficou com ele não foi só agora não, foi também lá atrás, desde a primeira hora. Ele tem muitos dos seus aliados, pessoas do seu partido, que têm certa diferença com a gente. Mas nisso aí ele tem que ser magnânimo, tem que ser grande. Ele é governador pela quarta vez e precisa que pensar que existe um futuro pela frente", falou.

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