O deputado estadual e líder do governo na Assembleia, João de Deus (PT), comentou nesta quarta-feira (12) a divulgação da lista de políticos que serão investigados em inquéritos autorizados pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). A relação tem dois piauienses: o senador Ciro Nogueira (PP) e o deputado federal Heráclito Fortes (PSB). O nome do deputado Paes Landim (PTB) chegou a ser divulgado, mas não consta na lista.

Para João de Deus, a presença dos dois piauienses não é novidade. “A gente já sabia né. Nos bastidores da política e até mesmo publicamente tem sido veiculado coisas como o ‘fulano está comprometido até o pescoço’. O financiamento de campanha no Brasil sempre foi esse aí: empresarial e caixa 2. Isso aí já sabíamos, pois era uma prática histórica no Brasil”, falou.

Ainda conforme João de Deus, é preciso aguardar as investigações para saber o que é verdadeiro e o que é falso. Ele lembrou que é necessário ter cautela quanto a afirmações de delatores e destacou a necessidade de se provar as acusações. 

“O que a gente espera é que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça brasileira tenham a capacidade de fazer as investigações, buscar o que há de prova concreta contra quem cometeu crimes e que esses possam ser punidos”, falou.

Ciro Nogueira e Heráclito Fortes foram citados na delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht. Os dois políticos piauienses são suspeitos, conforme as declarações do executivo, de receber dinheiro da construtora de forma ilegal para campanhas eleitorais. 

Sobre o deputado Paes Landim, também citado por Cláudio Melo, o STF pediu que a Procuradoria da República faça novas avaliações, mas ele não consta na lista de Fachin.