“GOVERNO DO ESTADO DEVE E TEM QUE PAGAR”

Ciro concorda com posição de Firmino Filho (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O senador Ciro Nogueira está do lado do prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB) na discussão sobre o repasse do cofinanciamento da saúde aos municípios. O tema voltou a ser pauta semana passada quando uma discussão entre prefeitos repercutiu nas redes sociais. Na ocasião, Firmino discordou da proposta do governo estadual e levantou a polêmica.

A gestão de Wellington Dias (PT) propõe pagar de forma parcelada todos os valores atrasados e cessar os pagamentos do presente durante esse período. Para Firmino, esse tipo de proposta beira ao calote. Ciro não usou o mesmo termo, mas concorda com o prefeito da capital. Para ele, o Estado deve e quem deve tem obrigação de pagar.

"Acho que tem que ter bom senso. O Governo do Estado deve e quem deve tem que pagar. Se eu chegar lá na Secretaria de Fazenda e dizer que não vou pagar meus débitos, eu sei que o Estado vai reclamar. É preciso que cheguem num denominador comum e o Estado pague o que deve porque esses recursos são fundamentais para a saúde no interior", opinou.

O cofinanciamento da saúde é um repasse feito pelo Governo do Estado para ajudar a prefeitura a custear serviços de saúde. A gestão de Wellington Dias está com vários meses atrasados e os prefeitos cobram solução. Somente para a prefeitura de Teresina já são mais de R$ 30 milhões que o governo estadual deve e alguns acordos já foram descumpridos.

Firmino diz que proposta beira o calote (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

FIRMINO IRONIZA PROPOSTA DE ACORDO

O prefeito Firmino Filho cobra a regularização dos repasses e não concorda com a última tentativa de acordo proposta pela gestão de Wellington Dias. Ele explica que, basicamente, a proposta consiste no parcelamento de todo o débito passado durante, [já chega a 25 meses], mas enquanto isso pausaria os pagamentos do presente. Firmino ironiza a proposta.

"Que proposta é essa? O governo parcelaria todo o débito passado durante esses 25 ou 26 meses. Só que ele pagaria o atrasado e deixaria de pagar o presente. Ou seja, ele vai pagar o passado e esquece do presente e do futuro. É como se você fizesse um acordo com uma pessoa que está com o salário atrasado seis meses e dissesse assim: 'eu vou te pagar [o atrasado] pelos próximos seis meses, mas só que o salário que você ia ganhar nos próximos seis meses você não vai ganhar'. Uma coisa muito próxima do calote", finaliza.

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