“GOVERNADOR QUERIA QUADRO TÉCNICO”

Margarete tenta explicar episódio (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

A deputada federal Margarete Coelho falou nesta segunda-feira (6) sobre o mal-estar causado por conta da indicação da jornalista Sádia Castro, irmã dela, para a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. O desconforto no partido ocorreu porque Sádia não era o nome indicado pela direção do Progressistas, que havia apresentado o nome do ex-deputado Mainha.

Nesta segunda, o próprio senador Ciro Nogueira, presidente nacional da legenda, reafirmou que a escolha foi do governador e não passou pela direção do partido. Ao explicar a situação, Margarete Coelho disse que o governador Wellington Dias (PT) pediu uma pessoa que tivesse perfil técnico para a pasta. Por isso, o nome de Sádia Castro foi escolhido.

"O governador queria um quadro técnico para a Secretaria do Meio Ambiente, tendo em vista que aquela é uma pasta que tem peculiaridades. O partido tem a Sádia Castro, que é minha irmã, mas ela é mestre, doutora e pós-doutora em educação ambiental. O currículo que a Sádia tem acho que poucos professores no Brasil têm, principalmente no tocante ao meio ambiente. Então, tendo em vista algumas situações que o governador quer desenvolver, ele optou por um quadro técnico, por alguém que tenha expertise na pasta", falou.

Nesta segunda, uma reunião foi realizada na casa do senador Ciro Nogueira em Teresina para tratar do assunto. As principais lideranças do Progressistas no Piauí participaram do encontro convocado pelo senador após o mal-estar causado pelo anúncio do secretariado.

Deputada foi uma das que mais falou na reunião (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

Questionada se consultou o senador Ciro antes de indicar a irmã, Margarete disse que ele foi ouvido. "O senador Ciro não é simplesmente o presidente do meu partido, ele é meu amigo pessoal, uma pessoa que eu confio. Não só decisões políticas, mas decisões pessoais eu gosto de ouvi-lo. E quando são questões do partido, todas elas, toda e qualquer decisão, eu tenho obrigação [de ouvi-lo] e faço isso com muita confiança", argumentou.

Apesar de Margarete colocar panos quentes, o episódio causou reações. O ex-deputado Mainha, que era a indicação do Progressistas para a Semar, fez críticas. O próprio Ciro Nogueira disse, nesta segunda (6), que a forma como o governador conduziu o tema gerou desconforto, já que as escolhas não foram do partido. Ciro insinuou que houve uma tentativa de Wellington de esvaziá-lo, mas disse: "se essa foi a intenção, o tiro saiu pela culatra".

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