HOJE SIM, AMANHÃ TALVEZ

Deputado é atualmente aliado de Wellington (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O ditado popular “muitas águas ainda vão rolar” é o que melhor reflete o atual momento político do Piauí. Num período onde só se fala em eleição, poucas ou talvez nenhuma aliança pode permanecer até as convenções que vão definir as chapas em 2018. E isso não apenas do lado governista, mas também da oposição. Quem está lá pode vir e quem está aqui pode ir. Quem briga de um lado hoje, pode brigar no outro amanhã.

Um exemplo claro é o PDT. O partido comandado sob as rédeas do suplente de deputado federal Flávio Nogueira está com Wellington Dias (PT), inclusive ocupando cargos no governo. É verdade que também é do PDT o mais “zuadento” opositor do governador na Assembleia Legislativa, mas como o partido no Piauí é do Flávio [a verdade é essa], podemos dizer que o PDT é governista porque é lá onde seu xarife está.

Flávio Nogueira, aliás, conseguiu a primeira suplência de deputado no blocão que apoiou Zé Filho em 2014, não conseguindo chegar à Câmara Federal por conta da famigerada legenda partidária, que muitas vezes deixa os mais votados de fora. Ele foi o 8º colocado, mas não conseguiu uma das 10 vagas piauienses. Mas enfim, isso foi só para lembrar que Flávio era do bloco do Zé, mas em janeiro já estava no governo Wellington.

Flávio e Wellington Dias em evento do PDT (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Esta semana, durante a passagem de Ciro Gomes pelo Piauí, Flávio foi perguntado se o PDT mantém a aliança com Wellington para o próximo. A resposta foi “hoje sim, amanhã talvez”. Segundo ele, “a política é muito dinâmica”. Disse que, a princípio, não existe pretensão de deixar a base do governador, mas deixou claro que a possibilidade jamais pode ser descartada.

Flávio ainda busca uma vaga de senador na chapa de Wellington Dias e o próprio presidenciável Ciro Gomes também vestiu essa camisa. E se ele não conseguir essa bendita e cobiçada vaga? Cauteloso, Nogueira diz que não vai “bater o pé pelo Senado”, mas reiterou, mais uma vez, que em política tudo é muito dinâmico. Para ele, a próxima eleição exige muita organização e o PDT está se organizando para as disputas.

O certo é que daqui até as convenções de julho de 2018 vamos continuar no campo das indefinições, de todos os lados. Até lá vai prevalecer mesmo o “hoje sim, amanhã talvez”.

 

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