HILDETH DESTACA LEGADO NA DEFENSORIA PÚBLICA

Hildeth falou sobre sua passagem pela DPE (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

A atual chefe da Defensoria Pública do Piauí (DPE), Hildeth Evangelista, está concluindo o mandato à frente do órgão. No lugar dela, vai assumir o defensor Erisvaldo Marques, escolhido pelo governador Wellington Dias (PT) após ser o primeiro colocado em lista tríplice.

Em entrevista ao Política Dinâmica nesta quinta-feira (28) no Palácio de Karnak, Hildeth destacou as principais conquistas da sua passagem pelo comando do órgão. Ela reconheceu que alguns objetivos não foram alcançados, mas entende que deixará o posto com uma Defensoria Pública bem mais acessível e estruturada do que aquela que encontrou em 2015.

Na avaliação de Hildeth, a principal conquista foi a autonomia administrativa, financeira e orçamentária da pasta. Foi a partir desse feito que o órgão conseguiu ampliar sua estrutura e garantir mais serviços para quem precisa recorrer aos trabalhos gratuitos da DPE.

"Entendemos como um legado institucional a nossa autonomia administrativa, financeira e orçamentária. Antes de assumirmos, até 2015, a Defensoria não tinha essa autonomia. Em 2016, o governador Wellington passou a fazer nossos repasses através de duodécimo. Foi aí que a Defensoria conseguiu começar a organizar o seu orçamento e a sua atuação enquanto instituição integrante do sistema de Justiça. A partir daí veio a consolidação das nossas conquistas, tanto em equipamentos tecnológicos, sedes e estrutura adequada", lembrou.

A ampliação dos serviços da Defensoria nos últimos anos pode ser percebida nos números. Somente entre 2017 e 2018, houve um acréscimo de 30 mil na quantidade de pessoas que buscaram auxílio da instituição. O dado foi informado pelo novo defensor escolhido para substituir Hildeht, Erisvaldo Marques. Ele era subdefensor-geral na gestão dela.

PODERIA TER AVANÇADO MAIS
Mas como nem tudo é possível, a atual defensora-geral lembrou de avanços que poderiam ter existido. Segundo ela, das 64 comarcas existentes no Piauí, apenas 31 contam com defensores públicos, ou seja, menos da metade. Para amenizar a carência, ainda foram feitas ações itinerantes, mas a própria Hildeth reforça a necessidade de uma solução definitiva.

"Tentamos atuar através de defensorias itinerantes cobrindo esporadicamente essa demanda, mas não é o atendimento necessário. Pela emenda constitucional, teremos que ter pelo menos um defensor público em cada unidade jurisdicional até o ano de 2022", afirmou.

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