O líder do governo na Assembleia, deputado estadual Francisco Limma (PT), disse nesta segunda-feira (7) que o atraso nos repasses para o Parque Nacional da Serra da Capivara está ocorrendo por falta de prestação de contas de parcelas já recebidas. O caso veio à tona na semana passada quando o pré-candidato a governador Luciano Nunes (PSDB) esteve em São Raimundo Nonato e ouviu da arqueóloga Niède Guidon queixas pelos atrasos.

Conforme Luciano, o governo do Piauí não repassa os pagamentos para manutenção do parque há cinco meses. Segundo ele, a arqueóloga Niède Guidon afirmou existir um convênio com previsão de repasse anual de R$ 500 mil. A falta dos repasses levou a direção do parque a colocar 180 funcionários de aviso prévio.

O deputado Francisco Limma disse que, se a Fumdham, presidida por Niède Guidon, regularizar a prestação de contas junto ao Governo os repasses serão atualizados. A Fundação é responsável pela administração do acervo cultural e natural do parque.

MARGARETE CONTESTA
A vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho (Progressistas), natural de São Raimundo Nonato, contestou a informação de Luciano Nunes no Instagram. Ela comentou a postagem do pré-candidato na rede social e lembrou que o parque é gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), visto que trata-se de um parque nacional.

Segundo ela, o governo do Piauí, através de um convênio com a Fumdham, repassa valores para despesas específicas, conforme cláusulas do contrato. Margarete também falou que o repasse das parcelas ocorre à medida que a conveniada se habilita no sistema.

Luciano respondeu ao comentário de Margarete e destacou que a informação foi fornecida pela arqueóloga Niède Guidon, que afirmou existir o convênio com a gestão estadual para repasse de cerca de meio milhão de reais ao ano. Em seguida, Margarete respondeu apenas dizendo que estava feliz por ele ter visitado a Serra. 

“Tenho certeza que você deve ter voltado de lá encantado com tanta beleza! Dá próxima vez me convida!”, encerrou sem mais tocar na falta de repasses.