O deputado federal Flávio Nogueira (PDT-PI) se considera um parlamentar reformista e garante que vai continuar defendendo reformas que ele avalia serem de suma importância para o Brasil. Eleito em um partido de oposição, Nogueira diz que se opõe ao embate beligerante se criou no país entre esquerda e direita e afirma que seguirá a favor das reformas, independente das vontades de quem esteja no governo federal.

"Há a necessidade de que as reformas não fiquem somente na Previdência, que aliás, custou caro para muitos deputados. É necessário também que nós tenhamos a reforma tributária, a reforma administrativa para diminuir esse Estado que é muito grande, depois a reforma fiscal, a reforma judiciária para que não tenhamos superpoderes no Judiciário, e também a reforma eleitoral. Eu estou até sofrendo muito por ter votado a favor de uma reforma e o meu partido não quis, mas continuarei reformista. Vou seguir fazendo as reformas", falou.

O parlamentar defende que as reformas não devem privilegiar apenas determinados setores da sociedade e sim todos os segmentos sociais. Ele avalia que as desigualdades no Brasil vão sempre existir em algum grau na sociedade, mas afirma que elas não podem ser tão grandes, principalmente no que se refere aos benefícios da economia.

HOUVE MELHORAS

Questionado sobre os resultados da política econômica do governo de Jair Bolsonaro, Flávio Nogueira diz que houve melhoras e cita que o aumento do desemprego foi estancado.

"Que houve melhoras houve, isso não resta dúvida. Só em ter estancado o crescimento do desemprego já podemos dizer que houve melhora, porque a todo momento entra mais gente no mercado de trabalho. Se não tivesse uma política arrojada nesse sentido, esses 11 milhões de desempregados não seriam 11 milhões, seriam 15 milhões. Então, há uma recuperação, embora não muito acelerada, mas está havendo. Nisso a gente pode fazer um elogio", falou.

Embora reconheça êxitos na política econômica do governo, Nogueira critica o que chama de "jogo de declarações bobas e atabalhoadas". Ele lembrou as falas em que o ministro da Economia Paulo Guedes chamou funcionários públicos de parasitas e falou que empregadas domésticas vão para a Disney quando o dólar está baixo. Para o deputado, esse tipo de declaração não contribui. Ele defende que o ministro foque na aceleração das reformas.