DE HELICÓPTERO NÃO VALE

 Sérgio Bandeira, do Podemos, é um dos principais articuladores da chamada chapinha dos partidos emergentes (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Ao comentar a negativa dos partidos emergentes com relação à entrada do coronel Carlos Augusto na chapinha, o vice-presidente estadual do Podemos, Sérgio Bandeira, fez uma comparação para justificar. Segundo ele, a chegada do ex-comandante geral da Polícia Militar do Piauí quebraria o equilíbrio de concorrência entre os pré-candidatos do bloco.

"É como se nós tivéssemos tentando subir uma serra juntos, com muita dificuldade, numa estrada ruim e com muita lama e aí ele chegasse bem tranquilo de helicóptero e já pousasse lá em cima, sem o menor esforço para atingir o topo da montanha", comparou.

Carlos Augusto é bastante ligado ao governador Wellington Dias (PT) e está à procura de um partido para disputar o mandato de deputado estadual. Ele se afastou do Comando Geral da PM-PI em abril justamente para ser candidato. O cargo tem status de secretaria no governo.

Carlos Augusto foi barrado na chapinha (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Nos últimos dias, o coronel andou flertando com o PMN, partido que integra a "chapinha do emergentes". No entanto, a entrada dele foi barrada pelas demais siglas. A alegação é que Carlos Augusto chegaria com toda sua estrutura e apoio da máquina governamental e se aproveitaria da estratégia da chapinha para conseguir se eleger.

Na opinião de Sérgio Bandeira, que ressalta não ter nada contra o militar, Carlos Augusto deveria ser candidato era no bloco do governo, já que passou os quatro anos fazendo parte da gestão de Wellington Dias (PT). Como é militar, o coronel tem prazo diferenciado e pode se filiar a um partido até as convenções. A chapinha dos emergentes conta com 10 partidos.


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