O secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira, negou nesta terça-feira (10) informação veiculada pelo jornal O Globo de que cinco facções criminosas atuam em presídios do Piauí. Segundo ele, o governo não reconhece a existência desses grupos nas cadeias estaduais e não há nenhum levantamento oficial que comprove a informação.

“Essa informação não foi feita por nenhum órgão oficial de inteligência. Nenhuma área do governo federal reconhece como verdadeira a fonte que O Globo cita. Nós já estamos entrando em contato com o jornal para que eles possam nos esclarecer de onde tiraram essa informação. Todas as agências de inteligência do governo federal não confirmam isso”, falou.

Segundo a matéria do jornal O Globo, as facções que atuam nas cadeias do Piauí são: Primeiro Comando da Capital (PCC), Bonde dos 40, Primeiro Comando de Campo Maior (PCM), Primeiro Comando de Esperantina (PCE) e Facção Criminosa de Teresina. A fonte das informações, segundo a matéria, é o próprio governo federal.

RISCO DE MASSACRES NO PIAUÍ
Questionado sobre o risco de tragédias como as que acontecem no Amazonas e em Roraima, onde dezenas de presos foram mortos nas cadeias, se repetirem no Piauí, Daniel disse que a possibilidade existe, mas ressaltou que a situação piauiense é estável e controlada. Segundo ele, os protocolos de segurança estão sendo modificados.

“Sabemos que existe o risco de acontecer como em qualquer sistema penitenciário do Brasil. Agora nosso risco é baixo, na nossa análise. Estamos exatamente fazendo esse sistema de troca de informações com agências de inteligência de modo que aqui, do ponto de vista do Piauí, observamos nosso risco moderado. Reconhecemos que existe e por isso estamos intensificando as ações e todo o protocolo de segurança existente”, falou.

REUNIÃO COM MINISTRO
Daniel vai participar de reunião com o ministro da Justiça Alexandre de Moraes. Na ocasião, será apresentado o Plano de Modernização em execução na Sejus e também projetos de ressocialização para saber de que forma o ministério pode apoiar o Piauí nessa área. Além disso, também será tratada a interlocução com as áreas de inteligência.