O senador Ciro Nogueira (Progressistas) divulgou na noite do domingo (22) que é totalmente favorável ao adiamento das eleições municipais de 2020 para 2022. Além de evitar os riscos de avanço do novo coronavírus (Covid-19), ele defende que os recursos que seriam gastos com a realização das eleições sejam aplicados na área da saúde. Na avaliação de Ciro, sem a realização das eleições poderia ser reduzido em 50% o repasse para a Justiça Eleitoral.
"Acho que o partido deveria propor a doação do fundo eleitoral, que é no valor de R$ 2 bilhões, mais o custo do dia da eleição, que é de mais R$ 2 bilhões. E já que não vai ter demanda na Justiça Eleitoral, nós reduzirmos em 50% o valor dos recursos destinados à Justiça Eleitoral, que anualmente é em torno de R$ 8 bilhões e diminuiria para R$ 4 bilhões. Se somarmos tudo, teríamos recursos no montante de R$ 8 bilhões para doarmos para a saúde do nosso país. Seria muito mais importante do que termos eleição este ano", diz.
O adiamento das eleições de 2020 em virtude da pandemia do novo coronavírus já começa a ser discutido por alguns congressistas. No domingo, o senador piauiense Elmano Férrer (Podemos) anunciou, durante sessão remota do Senado, que vai apresentar Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para adiar o pleito eleitoral deste ano. Com isso, os atuais gestores municipais teriam o mandato estendido até 2022, quando ocorreriam eleições gerais no país.
Conforme a proposta, os prefeitos eleitos em 2016 governariam até 1º de janeiro de 2023 e ainda poderiam disputar a reeleição, exceto os que já foram reeleitos. Na justificativa, Elmano argumenta que o país vive uma das mais graves crises de sua história decorrente da pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, para conter o avanço da doença, é preciso adotar medidas drásticas, como o adiamento das eleições municipais deste ano.
Comente aqui