BRIGA POR VOTO E CONTRACHEQUE DA FMS

Vereador ficou muito bravo, mas não disse nomes (Foto: Reprodução/CâmaraTV)

[Atualização às 14h41 do dia 27/03]
Na sessão desta quarta-feira (27), o vereador major Paulo Roberto disse que se equivocou ao falar que o contracheque era da Fundação Municipal de Saúde (FMS). Segundo o major, o contracheque com o qual outro parlamentar tentou comprar uma liderança ligada a ele é da Superintendência de Desenvolvimento Urbano Norte (SDU/Norte). 

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O vereador major Paulo Roberto (SD) subiu à tribuna da Câmara de Teresina nesta terça-feira (26) para fazer uma denúncia. Segundo ele, um parlamentar tentou comprar uma liderança ligada à ele, dentro do próprio gabinete dele na CMT. Conforme o major, a moeda de troca para atrair a liderança seria um contracheque da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

Apesar de visivelmente incomodado, o policial não disse o nome do colega. Ele também não quis dar mais detalhes do fato quando questionado por jornalistas. O Política Dinâmica apurou, na presidência da Câmara Municipal, que trata-se de uma vereadora.

"O desespero desse parlamentar é tão grande que ele pega uma assessora do seu gabinete, manda entrar dentro do meu gabinete, manda chamar [a pessoa] e dá um contracheque da Fundação Municipal de Saúde para a minha liderança me deixar. Ela foi buscar dentro do meu gabinete, um desrespeito, falta de ética", narrou o vereador na tribuna da Casa.

Indignado, o vereador seguiu relatando o fato e apontou que o colega que assediou sua liderança não estava na sessão naquele momento. Ele, no entanto, garantiu que vai tirar satisfação pessoalmente na primeira oportunidade. "Ir lá dentro do meu gabinete, arrastar uma liderança minha para comprar ela, eu nunca tinha visto. É muita coragem", bradou.

Em aparte, Joaquim pediu que o major citasse nomes (Foto: Reprodução/CâmaraTV)

O vereador Joaquim do Arroz (PRP) pediu aparte e disse que o major deveria citar o nome do parlamentar, sob pena de colocar todos os vereadores em condição suspeita. Para Joaquim, é grave o fato de Paulo Roberto ir à tribuna, falar de modo evasivo em compra de liderança com contracheque e não apontar os responsáveis. Em resposta, o major reagiu, disse que a denúncia não era evasiva e que Joaquim não vai ensiná-lo a se comportar na Câmara.

"Eu quero dizer a vossa excelência que eu já estou no terceiro mandato e nunca subi na tribuna para fazer denúncia evasiva. Eu não vou respeitar suas palavras porque o senhor não vai me ensinar a como se comportar aqui. Me perdoe, mas o senhor não vai me ensinar. Cabe a mim decidir sobre denúncia no Ministério Público ou não. Mas estou aqui alertando e cabe a carapuça para quem serve. Eu nunca fiz isso e não admito que façam comigo", retrucou.

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