BASE DE W.DIAS VISLUMBRA CPI QUE ATINGE FIRMINO

Aliados de Wellington não descartam CPI que atinge a gestão do prefeito Firmino Filho (Fotos: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

A base do governador Wellington Dias (PT) na Assembleia Legislativa do Piauí não descarta instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem como alvo principal a gestão do prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB). Quem revelou a possibilidade nesta segunda-feira (1º) foi o líder do Governo na Assembleia, deputado estadual Francisco Limma (PT).

O objetivo, segundo ele, seria apurar suposta retenção da regulação de pacientes do interior nos hospitais de Teresina. Limma argumenta que a capital recebe 52% dos recursos do SUS que entram no Piauí e que todas as prefeituras do Estado contribuem com a média e alta complexidade em Teresina. Mesmo assim, ele afirma que o município dificulta a vinda de pacientes do interior para as unidades da capital, o que prejudica os hospitais regionais.

"Tem uma reclamação muito grande de que os hospitais de Teresina estão deixando os pacientes esperando nos hospitais regionais. É isso que eu acho que a Assembleia precisa apurar, inclusive, se for necessário abrir até uma CPI nós vamos abrir. Para poder encontrar uma solução. Não pode a Prefeitura de Teresina ser a única a regular os pacientes para Teresina. Os pacientes são do Piauí e de todos os municípios do estado. Por que só um município faz essa regulação?", questionou o líder do Governo.

Limma diz que é necessário apurar situação (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Limma mencionou o assunto quando foi perguntado sobre o fato da base de Wellington Dias na Assembleia ter rejeitado uma proposta da deputada estadual Lucy Soares, mulher de Firmino. A emenda de Lucy à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) previa maior destinação de recursos das emendas parlamentares para os hospitais regionais. O petista reagiu, disse que dinheiro de emenda parlamentar não é suficiente para resolver o problema dos hospitais. Para ele, essa discussão sobre a emenda de Lucy tem motivação eleitoral.

"O que a gente precisa discutir e isso não está claro ainda é porque está havendo uma retenção da regulação aqui nos hospitais de Teresina. Na verdade está havendo uma tendência de deixar os pacientes esperando nos hospitais regionais e não abrem vaga nos hospitais de Teresina, já que a capital recebe 52% de todos os recursos do SUS que entram no Piauí. É isso que a gente precisa discutir também e não apenas uma emenda ou outra [...] Não adianta a gente ficar batendo boca apenas em período pré-eleitoral", falou.

O petista afirma que é preciso saber o que está acontecendo. "Se nós não conseguirmos um entendimento é possível [abrir a CPI]. Temos que entender o que está acontecendo com isso. Quantos por cento dos recursos tem a gente já sabe, mas quantos por cento dos pacientes estão sendo atendidos? Não tem justificativa. O hospital de Floriano teve 6.600 regulações, enquanto o HUT só teve 1.300 em 2018. Então precisa a gente discutir isso. Tem alguma coisa que não está ficando bem clara para o Parlamento e nem para a sociedade", falou.

O QUE DIZ A PREFEITURA DE TERESINA?
A reportagem do Política Dinâmica procurou a Fundação Municipal de Saúde (FMS) no final da tarde desta segunda-feira (1º) para comentar as declarações do deputado Francisco Limma. A assessoria de imprensa do órgão ficou de encaminhar um posicionamento, mas até a publicação da matéria, às 21h41, nenhuma resposta havia sido dada.

Comente aqui