A REFORMA QUE PRECISA SER REFORMADA

Governador segue sem definir mudanças (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

A reforma administrativa no governo de Wellington Dias (PT) já virou uma celeuma que se arrasta há meses e não tem definição. Por enquanto, nada foi reformulado na gestão do petista. Quando achamos que a coisa vai, não vai! Diante de tanto vai e vem, a conclusão a que se chega é de que essa reforma já está precisando, com urgência, de uma reforma.

Por isso, resolvi elencar cinco pontos que precisam ser reformados nessa discussão para que a bendita reforma administrativa tenha andamento e, por conseguinte, uma conclusão.

1. Acabar com o disse me disse
Quando se fala nessa reforma administrativa, o que muito se tem é um “disse me disse” exagerado e pouco eficiente. Um dia o partido A quer um cargo, no outro o partido B fica valente porque vai perder o cargo para o partido A. Depois o partido A nega que esteja querendo o cargo, e mais tarde o partido valente nega a valentia. É uma molecagem!

2. Imprimir agilidade na reforma
As conversas em torno dessa reforma se arrastam desde outubro de 2016. Assim como acontece com várias obras nesse Estado, Wellington nunca conclui essa bendita reforma. Começa, parece que avança e para. Concluir que é bom, nada. O mesmo ritmo que ele imprime às obras de duplicação da BR-343, do rodoanel e do elevado da Miguel Rosa também é adotado nessa reforma administrativa.

3. Botar ordem no processo
Todos dizem que as decisões da reforma são exclusivamente do governador, no entanto, todos querem falar dela para colocar mais fogo na fogueira. O fulano alerta que o partido A quer os cargos, mas que em 2018 vai dar um balão no Índio. O beltrano diz que na política acordos acontecem. O cicrano afirma que não pediu para ir pro governo e que foi chamado. O governador não confirma se chamou. Todos falam e a reforma vira uma bagunça.

4. Deixar de história fiada e falar a verdade
Todos os partidos que negociam com o governo querem cargos e, ainda por cima, os melhores. Isso é fato! Não cola essa história de que vai para fazer apenas uma “parceria administrativa” e que não vislumbra cargos. As lideranças dos partidos sedentos por espaços no Karnak devem admitir suas pretensões. Ficar dizendo que não vislumbra cargos é o mesmo que uma raposa ao lado do galinheiro fingir que não quer comer uma galinha.

5. Wellington precisa falar o que quer e como vai fazer
O governador é a figura central nesse processo e por isso deve falar aos envolvidos exatamente como pretende mudar e se, de fato, pretende mudar. Ah, e não precisa esconder que tudo visa a reeleição em 2018. Ele também tem que jogar limpo com seus companheiros de partido, dizer as “amarguras” que o PT vai ter na reforma. Manter seus partidários informados é justo, até para que não haja tanto calundu que emerge dos bastidores.

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