Um dos temas mais recorrentes esta semana na cena política do Piauí tem sido a indicação dos novos diretores dos hospitais regionais do Estado. Grupos políticos aliados do governador Wellington Dias (PT) travam disputa pela direção das unidades, já que elas são excelentes para arranjos políticos nas suas bases eleitorais. O governador avisou que quer fazer nomeações técnicas. O fato é que o assunto é um dos principais entre os políticos.

O problema é quando passa essa fase. Infelizmente, os holofotes para os hospitais regionais só ganham intensidade em momentos como esse. Todos querem, todos falam, trocam farpas e articulam para ganhar o comando. No entanto, as atenções acabam depois de superada essa fase. A briga é pela indicação e não por um bom serviço de saúde aos piauienses.

Na maior parte do tempo, vemos hospitais regionais passando sérias dificuldades, pacientes sofrendo nos corredores e alguns serviços precários. Quando isso acontece, nenhum deputado ou líder político briga para aparecer e, se possível, até correm dos holofotes. No Piauí, a forma como é feita a distribuição de cargos já está ficando feia, repudiável até.

A imprensa [faço aqui a mea-culpa] tem ânsia para saber quem vai ficar com o cargo A, quem vai ocupar cargo B, quem está brigando pelo cargo C. No entanto, precisa ter o mesmo ímpeto para saber o que se pretende fazer no cargo A, B e C. A atenção especial para os hospitais regionais não pode acontecer apenas na hora de indicar o diretor, mas sim no momento de prestar um serviço de saúde digno aos piauienses, o que não tem acontecido.