WELLINGTON DIAS NA DÚVIDA

por Maura Vitória e Marcos Melo

A promotora Cláudia Seabra, a mais votada na disputa do Ministério Público Estadual, pode não ser escolhida pelo governador Wellington Dias (PT) para ocupar o cargo. Neste domingo, durante a Caminhada da Fraternidade, ele afirmou que ainda está indeciso sobre qual dos nomes que compõem a lista tríplice será o seu “ungido”. A decisão do governador pode demorar até duas semanas para ser divulgada.

O governador Wellington Dias ainda está "ensaiando" uma escolha difícil: escolher um nome que não tenha sido o mais votado para ocupar a Procuradoria-Geral de Justiça, enfrentando o desgaste com o Ministério Público e os grupos de defesa dos direitas da mulher (foto: Marcos Melo / PoliticaDinamica.com)

Na última sexta-feira (12) os promotores do MPE foram às urnas para decidir os três nomes nomes que fariam parte a lista a ser encaminhada ao Governo do Estado. Com 91 votos, a promotora Cláudia Seabra abocanhou o primeiro lugar da lista, seguida pelo promotor Elói Pereira, que teve 78 votos, e o promotor Cleandro de Moura com 70 votos.

Em seus dois primeiros mandatos como governador, Wellington Dias optou sempre pelo nome mais votado da lista. Porém, desta vez esclarece que “são três nomes muito competentes e que obedecem o mesmo critério, ou seja, fazem parte da lista tríplice”. Segundo o próprio governador, não apenas a que recebeu mais votos, Claúdia Seabra, mas Elói e Leandro continuam com chances de se tornar procurador-geral desta vez. “Não será uma decisão fácil”, arrematou.

POLÊMICA

Ainda na sexta-feira, logo após a eleição, o governador Wellington Dias recebeu um documento assinado por 26 representantes de entidades não governamentais apelando para que o promotor Elói Pereira, segundo mais votado, seja o escolhido para o cargo de procurador-geral. Não tardou e horas depois foi a vez da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) defender que W.Dias respeite a vontade da maioria e escolha Cláudia Seabra, a mais bem votada, indo de encontro à vontade democrática do Ministério Público do Piauí.

Por fim, existe, ainda, uma porção de polêmica sexista: impedir que uma mulher, e que recebeu a maioria dos votos qualificados dos demais promotores, ocupe o cargo de maior importância da instituição, é um movimento a ser considerado.

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