por Marcos Melo

Nesta segunda-feira, 16, o governador Wellington Dias, do PT, será julgado no Tribunal Regional Eleitoral. Em pauta um processo movido pelo ex-senador Mão Santa (PSC), que concorreu com o petista, em 2014, ao Governo do Estado. Trata-se de um pedido de cassação onde W.Dias e sua vice, Margarete Coelho (PP) são acusados de usar recursos públicos e servidores do Senado na campanha eleitoral.

A ação atinge tanto Wellington Dias (PT) quanto sua vice, Margarete Coelho (PP), por se tratar de ação contra a chapa majoritária

Consta na denúncia, que Wellington Dias teria viajado ao extremo Sul do Piauí, em agenda de campanha, acompanhado de servidores de seu gabinete no Senado e utilizando verba indenizatória de seu mandato parlamentar. Os advogados do PSC afirmam que o suposto ilícito estaria comprovado, inclusive, por dados do portal da transparência do Senado Federal. E o período coincide com a de diversas caravanas pelo "aniversário do PT".

DEFESA NEGA CAMPANHA

Já a assessoria jurídica de Wellington Dias minimiza a denúncia e se diz tranquila a respeito do processo. Justifica a postura explicando que “trata-se uma ação lastreada numa matéria publicada no portal GP1, que mostrava o então senador Wellington Dias em uma visita ao município de Corrente, e ao visitar o portal da transparência do Senado Federal apontou outras viagens”.

A explicação é do advogado Germano Tavares que nega que a viagem tenha se dado em campanha. “Na instrução processual restou provado que as viagens tiveram cunho parlamentar, ou seja, ligado a atividade de senador do hoje governador Wellington”, aponta.

Para Tavares, há provas consolidadas de que a viagem ao Município de Corrente (900km de Teresina) se deu em virtude de um convite da Prefeitura para falar do desenvolvimento daquela região. E mais: a assessoria jurídica afirma que a viagem aconteceu antes da convenção, ou seja, fora do período oficial de campanha.