Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

A Câmara Municipal de Teresina debateu, na sessão desta quinta-feira (5), o caso da criança encontrada na Colônia Agrígola Major César. A criança teria dormido lá e dividido a cela com um estuprador. A discussão foi iniciada com a fala da vereadora Teresinha Medeiros (PSL), que defende a responsabilização do secretário de Justiça Daniel Oliveira pelo ocorrido, que ela classifica como um “caso monstruoso”. Alguns vereadores rapidamente saíram em defesa do secretário e sugerem que estão sendo feitos ataques para desestabilizar a gestão de Daniel à frente da Sejus.

O primeiro deles foi Deolindo Moura (PT). Ele elogiou o trabalho de Daniel Oliveira à frente da Sejus e questionou os motivos da polêmica. Ele também disse que o caso não deve ser usado como plataforma política pelos críticos e falou da responsabilidade dos pais e dos agentes penitenciários.

“Quem foi buscar aquela criança embaixo da cama, creio eu que foi um agente, já estava com a câmera fotográfica para mandar pra imprensa? A quem interessa esse caos no sistema penitenciário?”, questionou.

Na mesma linha, o vereador Dudu (PT) disse que Daniel teve “pulso forte” no que diz respeito à questão e que ele está fazendo o possível para resolver a situação. 

“Se acontece um fato desse, na minha opinião, existe um conluio aí de quem estava naquela unidade prisional para causar um constrangimento maior ainda. Por isso que se diz que o crime é organizado, mas se é organizado é porque tem braço inclusive de servidor”, declarou.

O vereador Venâncio (PP) também fez a defesa de Daniel diante dos parlamentares.

“Ele falou [durante visita dos vereadores à Sejus] sobre a instabilidade que alguns funcionários da Secretaria de Justiça tem colocado junto à sua administração nesses últimos dias: ameaça de invasão do prédio da Secretaria de Justiça, impossibilitando a execução de serviço básico da secretaria, impedindo presos de adentrarem e serem alojados em penitenciárias”, disse.

Os vereadores Enzo Samuel (PCdoB), Cida Santiago (PHS) e Edson Melo (PSDB) se juntaram a Deolindo, Dudu e Venâncio, advogando em favor do secretário.