por Francicleiton Cardoso e Viviane Menegazzo 

Os vereadores Luís André e Teresinha Medeiros, do PPS, estão sob a mira da Executiva Nacional do Partido. De acordo com o presidente do Diretório Estadual da sigla, Celso Henrique, a expulsão de parlamentares por infidelidade partidária, vem acontecendo desde novembro do ano passado, através da Resolução 004 de 2014.

Para a vereadora Teresinha Medeiros, um comunicado oficial ainda não foi feito. A parlamentar cobra o anúncio de expulsão do diretório estadual, e afirma que não até então, como não foi oficializado, sua sigla continua sendo o PPS.

“Na realidade, tudo que eu sei, sei pela mídia, o presidente vai para a mídia e diz que estamos expulsos. Mas não recebi nada oficial. É preciso que o partido faça um aviso oficial, para que eu tenha defesa”, afirma.

O vereador Luís André parece menos conformado com a decisão. Segundo o parlamentar, ele teria votado no Piauí dando apoio ao seu partido. Mesmo assim, Luís espera a decisão do Diretório Estadual, que deverá definir como ficará a situação dos parlamentares do PPS na Câmara de Teresina.

“A executiva nacional está reivindicando isso, mas eu votei no Zé Filho e no Wilson Martins, e sempre apoiei o partido, mas estamos esperando a decisão. Eu me dou muito bem e tenho muitas amizades no PPS, mas estamos esperando essa decisão”, afirma Luís André.

Celso Henrique, que está à frente do partido no Piauí, afirma que o processo levará no mínimo dois meses, incluindo a defesa dos parlamentares e outras burocracias do processo. Além disso, ele afirma que as resoluções que tratam do assunto estão disponíveis no site do PPS e que os dirigentes, onde estão inclusos os dois vereadores, deveriam ler.

“A disciplina que fala sobre a fidelidade partidária está publicada no site do partido. Todo dirigente deve ficar de olho lá. Na parte de Resoluções tem dois documentos, um antes e um depois das eleições. Mas o processo é demorado, o conselho de ética deve apurar as defesas também, para ver como será feito. Algo em torno de dois, três meses deve ser o tempo”, afirma.

O presidente afirma ainda que tem sido desgastante tratar desse assunto quando o momento pede atenção voltada para as eleições do próximo ano.

“Eu queria estar falando aqui da construção da chapa, de que estamos buscando uma nova vaga na Câmara, mas infelizmente eu tenho que estar falando sobre isso. Não engrandece em nada. São missões espinhosas, como presidente. Mas é preciso tomar essas medidas para que se fortaleça os partidos”, finaliza.