VEREADOR DENUNCIA DESCASO NO IML

Parlamentar fez duras críticas na Câmara (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O vereador Neto do Angelim (PSDC) usou a tribuna da Câmara Municipal de Teresina na terça-feira (14) para denunciar um descaso. Ele condenou a falta de estrutura no Instituto Médico Legal (IML), o que resulta, na visão do parlamentar, na ineficiência da prestação dos serviços.

Neto relatou que na madrugada da última segunda-feira, o corpo do capitão Claudino Craveiro, da PM, que faleceu vítima de atropelamento na Zona Sudeste, chegou a ficar mais de cinco horas exposto no local do acidente, aguardando o IML para fazer a remoção. A demora, segundo o vereador, se deu pela falta de motorista para os "carros-tumba". Na ocasião, o IML dispunha de apenas um motorista, que estava em Santa Cruz dos Milagres para remover um corpo.

Ainda conforme o vereador, outro caso semelhante aconteceu no sábado (11), na Zona Leste da capital, onde após a morte de um jovem por suicídio, a família esperou cerca de sete horas para que o corpo do rapaz fosse retirado da residência.

"Além de lidar com a perda de um ente querido, a família teve que passar cerca de sete horas com o cadáver dentro de casa porque na oportunidade o único motorista do IML estava na cidade de Picos e sem combustível para retornar com o cadáver que havia ido pegar naquele município. Ou seja, estrutura zero para atender a todo o Piauí. Para sanar o problema dessa família, fui pessoalmente ao IML e consegui um motorista de uma funerária para fazer a remoção do corpo”, contou o vereador.

Como presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de Teresina, Neto do Angelim lamentou a situação e pediu providências por parte da Secretaria de Estado da Segurança Pública para resolver esse e outros graves problemas do Instituto Médico Legal.

"Além da falta de estrutura, as famílias que moram no entorno do IML, no bairro Saci, reclamam do mau cheiro que exala do prédio, devido ao mau funcionamento das geladeiras que guardam os cadáveres. É uma situação constrangedora", concluiu. 

Neto do Angelim e outros parlamentares devem montar uma comissão e irem até o Instituto Médico Legal para avaliar de perto os problemas do órgão.

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