VACA LOUCA: GOVERNO REFORÇA FISCALIZAÇÃO NO PI

O registro de uma suspeita de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”) num bovino no estado do Pará, no último dia 20/02, e a confirmação do caso já nessa última quarta-feira (22/02), pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), trouxe preocupação para os pecuaristas e órgãos agropecuários em todo país que desde 2021 não registrava mais a doença.  No Piauí, os procedimentos são de prevenção e fiscalização através da Secretaria de Estado da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada).

Secretário da SADA, Fábio Abreu, destaca que Governo vai fiscalizar rebanhos no Piauí (foto: ascom)

“Nós fazemos a fiscalização da alimentação dos bovinos durante todo o ano. Mas reforçamos ao produtor a recomendação que não faça uso de cama de galinha para alimentar bovinos, que é o que pode causar essa doença, em sua forma clássica, com consequências tão drásticas. O Piauí se mantém nessa constância de vigilância e orientação ao produtor, para que ele não cometa o erro de alimentação com os bovinos”, reforçou o secretário da Sada, Fábio Abreu.

De acordo com Flávia Barreto, médica veterinária e coordenadora do Programa Estadual de controle da raiva dos herbívoros e encefalopatias espongiformes transmissíveis da Agência de Defesa Animal (Adapi), no caso de suspeitas do fornecimento de alimentação indevida aos ruminantes, o produtor será enquadrado de acordo com a instrução normativa n° 41 do Ministério da Agricultura.

 “Durante todo o ano, fazemos fiscalizações à alimentação fornecida aos ruminantes, de forma ativa e passiva, como forma de prevenir a doença da vaca louca da forma clássica. No caso de suspeita do fornecimento de alimentação indevida (cama de aviário), fazemos a coleta de amostras para envio ao laboratório e interditamos a propriedade para investigação. Em caso positivo, o produtor responderá pelo ocorrido de acordo com a legislação, em caso negativo a propriedade é desinterditada”, alertou Flávia.  

No Piauí, não há nenhum caso suspeito da doença (foto: reprodução)

Ações de educação sanitária são constantemente realizadas alertando para a proibição do fornecimento de cama de aviário, assim como esclarecimentos sobre as penalidades às quais os produtores flagrados pela fiscalização responderão.

No Brasil, nunca foi registrado nenhum caso de doença da vaca louca de forma clássica (que é essa transmitida através da alimentação). Os casos já registrados são classificados na forma atípica (que acontece sem ser pela ingestão de alimentos proibidos). Apesar disso, é importante alertar que o fato do animal ingerir a cama de aviário, além do risco de contrair a doença da vaca louca, outras doenças podem ser adquiridas como botulismo, bactérias, corpos estranhos dentre outros.

Com informações da Ascom

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