UM TERÇO DE MINISTROS CANDIDATOS

As eleições para 2022 se aproximam e uma decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode deixar o Progressistas (PP) muito forte para próxima eleição. Caso o presidente decida ir mesmo ao PP, como ele mesmo já disse “Eu sou do Centrão”, fará com que vários outros ministros que pretendem deixar o governo para serem candidatos acompanhem o presidente. Segundo levantamento feito pelo Estadão, pelo menos 1/3 dos ministros de Bolsonaro deverão deixar o governo em 2022 para serem candidatos em seus estados.

A informação da “debandada” dos ministros partiu do próprio presidente em entrevista à Rede Nordeste de Rádio, no fim de julho, onde disse “acredito que um terço dos meus ministros se lance candidato”. O presidente ver também na saída dos ministros uma oportunidade de dar mais força ao palanque para reeleição de Bolsonaro em vários estados. Para o presidente, há chances de vitória deles é real, “eu já falei com eles. Sabem muito bem que têm chance de vitória, se eu estiver bem”, destaca Bolsonaro.

Sobre os possíveis ministros que deixarão seus cargos até abril de 2022, a lista apresenta nomes importantes como o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que pode concorrer ao senado pela Paraíba; o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que pode ser candidato ao governo de São Paulo contra o rival de primeira linha de Bolsonaro, João Doria (PSDB). Outro nome é o do ministro Turismo, Gilmar Machado Neto (PSC), que pode se candidatar ao Senado por Pernambuco.

CIRO NOGUEIRA DE CANDIDATO A GOVERNADOR DO PIAUÍ OU ATÉ VICE-PRESIDENTE

Todos esses ministros acima podem inclusive ingressar no Progressistas, caso Bolsonaro também siga para o partido para candidatura à presidente em 2022. Se isso mesmo acontecer, o mérito maior é para o presidente do PP, o senador licenciado Ciro Nogueira (PP-PI) que hoje ocupa o cargo de Ministro Chefe da Casa Civil.

Posse do Ciro Nogueira como Ministro.

Nogueira é também um dos apontados como possibilidade de desembarcar do governo no próximo ano, para que seja candidato a governador no Piauí, onde poderá fazer um duelo contra o PT que tem o comanda do governo do Estado, com o governador Wellington Dias (PT-PI), que já definiu um nome do partido para reeleição.

Porém, a decisão de Ciro ainda não foi tomada e há quem diga que permanecer no governo é algo maior para o senador/ministro que agora é cotado até pra ser candidato a vice na chapa de Bolsonaro.

OUTROS NOMES

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres (PSL-DF), pode ser candidato ao governo em Brasília tendo a missão de desbancar o atual governador Ibaneis Rocha. Ainda em Brasília, a chefe de Governo do presidente, Flávia Arruda (PL), pode buscar uma vaga no senado.

Foto: Marcos Corrêa/PR

Fábio Faria (PSD), atual ministro das Comunicações, disse que só irá disputar uma vaga se for para o senado pelo Rio Grande do Norte. Também pelo estado nordestino, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, poderá ser candidato ao governo pelo Estado. Esses dois ministros devem seguir Bolsonaro para onde o partido que o presidente escolher se filiar.

O ministro Onyx Lorenzoni, o “coringa” do Planalto, tem forte aceitação e pode disputar o governo do Rio Grande do Sul. Já a ministra Agricultura, Tereza Cristina, deve concorrer ao senado pelo Mato Grosso do Sul. Pela Bahia, um nome que pode disputar o governo ou outra vaga majoritária será o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), que tem ainda o desafio de disputar contra ou até como aliado do ex-amigo ACM Neto, presidente do DEM, e pré-candidato ao governo baiano.

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