SINAL VERDE PARA MENDONÇA

O advogado-geral da União, André Mendonça, intensificou nesta semana sua campanha junto aos senadores sua campanha para vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga deixada pelo ministro Marco Aurélio Mello que se aposentou.

Advogado, pastor e ex-ministro da Justiça por um breve período no governo Bolsonaro, Mendonça se reuniu num almoço com parlamentares do PL, DEM, PSDB e PSC, no gabinete do senador Wellington Fagundes (PL-MT). Na ocasião, ele foi informado que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia confirmado a indicação dele para a vaga o supremo.

Apesar de já ter começado as conversas e esteja se preparando para sabatina no Senado Federal e as votações na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)  e no Plenário da casa, só devem ocorrer após o recesso político no mês de agosto. Entretanto, o nome de Mendonça não deve ter dificuldades em ter a aprovação do seu nome pelos senadores, até mesmo os senadores da oposição acreditam que não haverá negativas, mas apenas algumas poucas resistências. A discussão do assunto ainda não se acalorou visto que o assunto do momento é a CPI da Pandemia no senado.

Outro impedimento que pode facilitar a chegada de Mendonça ao Supremo é o fato de que nenhum senador quer se opor ao nome dele e se considerar “marcado”, caso o AGU consiga ter seu nome aprovado. O próprio Mendonça disse já está conversando com os parlamentares há um mês quando recebeu o sinal verde como sendo o candidato para ocupar a vaga no Supremo.

Em sua sabatina no Senado em agosto, já está previsto que seja questionado sobre o termo “terrivelmente evangélico”, que foi usado pelo presidente Jair Bolsonaro quando falou quem deveria ser o próximo ministro a ser indicado ao Supremo. O advogado também deverá responder pelo falo de ter acionado a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República para investigar críticos do presidente Bolsonaro com base na Lei de Segurança Nacional, no período em que foi Ministro da Justiça.

O Governo já dá como certa a escolha de André Mendonça para Suprema Corte visto que há mais de um século que os senadores não vetam um nome de indicação do presidente à vaga no Supremo, criado em 1890. Esses cinco vetos na história até hoje, ocorreram todos em 1894 no governo do marechal Floriano Peixoto.

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