Uma novela sem fim. Se as teledramaturgias televisivas pararam Brasil a fora por conta da Pandemia, o drama da vida real da população de Teresina tem ganhado mais capítulos e pelos dizeres do próprio poder público ainda não há nem previsão para o enredo final.  Enquanto isso, a Prefeitura de Teresina e a Câmara de Vereadores buscam os vilões dessa história que só "vitimiza" o povo.

Durante cerimônia para divulgar um programa de incentivo ao “Turismo da Saúde” na capital, o Prefeito De Teresina, Doutor Pessoa, desmentiu repórteres que o questionaram sobre a promessa de resolver o problema dos ônibus na capital no prazo de 90 a 100 dias do início do seu governo e negou qualquer ingerência da Prefeitura com relação ao problema da falta de transporte público na capital.

“Aqui não se pode falar de ingestão da Prefeitura porque nos 10 primeiros dias da minha gestão estive com os empresários do transporte coletivo por, pelo menos, três vezes. Fora isso , meu secretariado também se reuniram com eles, mas eles [empresários] tem uma mente fértil, mas um coração danificado e sem amor ao próximo”, argumentou Pessoa.

SEM PRAZOS PARA O PROBLEMA

Questionado sobre prazos pra resolver a situação, Pessoa diz que nunca fez promessa de resolver tudo em 90 ou 100 dias e, se disse, se retratará e pedirá até desculpas. “Quem vem dizendo isso é os meios de comunicação. Se disserem que numa fala minha tem isso, eu me retrato pelo meu erro. Mas eu, Dr. Pessoa, não me lembro que fiz essa colocação. Nós não temos prazo para resolver a questão, começamos a tratar sobre esse problema no início de janeiro, agora, o poder legislativo também está tratando do assunto com o mesmo objetivo nosso de servir bem o povo de Teresina”, reforçou Doutor Pessoa.

RESPOSTA APÓS A CPI

O prefeito também negou que a Prefeitura vá esperar o relatório final da CPI dos Transporte que corre na Câmara para dar alguma resposta sobre o problema do transporte público de Teresina. “A CPI do poder legislativo é independente, o executivo também é, então trabalhamos de forma independente. As tratativas do poder executivo nós vamos apresentar para sociedade e a CPI deve, também, fazer o mesmo. Já sobre os encaminhamentos das nossas tratativas devem ser questionadas ao Cláudio Pessoa, lá da Strans”, ressaltou Pessoa.

O problema no transporte coletivo da capital é justificado pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (Setut) pela ausência de pagamentos de subsídios estipulados em contratos com a gestão municipal referente aos custos de equiparação do valor da passagem que é subsidiada pela Prefeitura. Segundo o Sindicato, a dívida da Prefeitura com as empresas ultrapassa o valor de R$ 50 milhões e tem virado uma bola de neve que está destruindo o setor.