REFORMA PÓS-ELEIÇÕES

Enquanto a média dos políticos e jornalistas percebe apenas as movimentações imediatas, o governador Wellington Dias (PT) olha sempre na frente: ele já está trabalhando em 2022.

E para chegar competitivo numa virtual candidatura de senador, Wellington vai reajustar o governo. A reforma administrativa está sendo avaliada desde já.

A dança das cadeiras deve contar com os espaços ocupados até aqui principalmente por Assis Carvalho, Fábio Abreu e Ciro Nogueira (imagem: PoliticaDinamica.com)

ESPAÇOS ABERTOS

A primeira mudança deve ser o trabalho do deputado estadual Carlos Augusto (PL) para reincorporar a Secretaria de Segurança à cota pessoal do governador. A pasta nos últimos anos era uma porteira fechada do deputado federal Fábio Abreu (PL) e isso implicava em ganhos políticos maiores para o secretário do que para o próprio Wellington. A saída de Abreu (PL) criou essa oportunidade. Wellington Dias chegou a pensar em emplacar o nome de Augusto logo em abril deste ano, mas entendeu que a manobra poderia fazer Fábio desistir da campanha a prefeito de Teresina, contam fontes do Karnak. 

Agora, é só questão de tempo. E como já disse certa vez o próprio Carlos Augusto: "Segurança tem que ser gente de confiança do governador". Parece uma frase adequada para o caso.

Outro espaço a ser avaliado são os territórios do Executivo que antes eram ocupados pelo grupo do deputado federal Assis Carvalho, falecido há um mês. Já existem disputas internas dentro do PT para reivindicar pastas, órgãos e postos, a começar pela Secretaria de Saúde e se espalhando por um "espólio" de centenas de cargos pelo interior do Piauí.

Por fim, as eleições municipais vão dar o tom do (des)entendimento entre Wellington Dias (PT) e o senador Ciro Nogueira (PP). Se as disputas em Parnaíba, Oeiras, Campo Maior, Uruçuí e, principalmente, Picos e Teresina causarem o rompimento dessa aliança, os espaços do Progressistas também estarão disponíveis para mudanças.

O comportamento do MDB também está sendo avaliado, mas neste caso, mudanças devem ser pontuais. O Palácio de Karnak andou estranhando a movimentação quase oposicionista de alguns deputados do partido no Plenário da Assembleia Legislativa nas últimas semanas.

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