"AS COISAS NÃO ANDAM NA CÂMARA", SEGUNDO JÚLIO CÉSAR

Deputado se mostra frustrado com situação da Câmara. (Foto: Jailson Soares / PolíticaDinâmica.com)

por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo

A Câmara dos Deputados ainda não conseguiu vencer o clima de perturbação causado pela votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). Até agora, segundo o deputado federal Júlio César (PSD), nenhuma Comissão Permanente está funcionando na Casa, o que tem empancado uma fila de processos, incluindo reformas importantes como a da Previdência, da qual Júlio César é relator.

“Aqui ainda está tudo parado. É uma confusão no Brasil que tem provocado muita coisa. Aqui tem o impeachment, a crise, as brigas partidárias e tudo isso tem feito as coisas não andarem na Câmara”, afirma o deputado.

Júlio garante que brigas de partidos e impeachment atrapalharam completamente o andamento da Casa. (Foto: Jailson Soares / PolíticaDinâmica.com)

A composição oficial das Comissões estava agendada para meados do mês passado, mas foi adiada por conta da votação do impeachment da presidenta, para onde se voltou toda a atenção dos parlamentares.

Sobre o andamento da Reforma na Previdência, o deputado Júlio Cesar lamenta que as discussões não estejam caminhando. Uma comissão especial também deve ser criada para analisar o processo, mas a desorganização paira sobre o Legislativo Federal e tem impedido a discussão de um assunto que, segundo Júlio César, é um dos maiores problemas do Brasil. Uma reunião estava marcada para hoje a fim de garantir a avaliação da Medida Provisória, mas não aconteceu por falta de quórum parlamentar. 

Deputado vê dificuldade em andamento de Medida Provisória sobre Previdência, da qual é relator. (Foto: Jailson Soares / PolíticaDinâmica.com)

“Vejo o problema da Previdência com muita preocupação. No Brasil, a dívida chega a 3 trilhões. No Piauí são 700 milhões por ano. É um problema grave que todo ano vai crescendo e que precisamos discutir”, afirma o deputado.

Na tribuna, na última segunda-feira (25), a senadora Rose de Freitas (PMDB-RS) acusou a presidência da Câmara de “determinar que nada funcionará” até que o impeachment de Dilma Rousseff seja aceito pelo Senado, como forma de pressionar os senadores.

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